O Ministério da Saúde publicou ontem, 15, uma nota informativa que restringe a vacinação contra Covid-19 somente aos adolescentes de 12 a 17 anos que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados da liberdade. Agora, a orientação do ministério é que não seja feita a vacinação dessa faixa etária sem comorbidades.
Foram apresentadas na nota algumas justificativas para não mais vacinar de forma ampla o grupo dos adolescentes:
"A Organização Mundial de Saúde não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades", afirma nota do governo.
Entretanto, a OMS explica que "crianças e adolescentes são menos propensos a ter complicações por causa da doença, e diz que a vacinação ampla deste público é "menos urgente" do que vacinar outros grupos, como pessoas mais velhas, com comorbidades e trabalhadores da saúde.
"A maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela Covid-19 apresentam evolução benigna, apresentando-se assintomáticos ou oligossintomáticos".
"Somente um imunizante foi avaliado em ECR (ensaios clínicos randomizados)"
"Os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos"
"Redução na média móvel de casos e óbitos (queda de 60% no número de casos e queda de mais de 58% no número de óbitos por covid-19 nos últimos 60 dias) com melhora do cenário epidemiológico".
A nota explica ainda que recomenda não vacinar os adolescentes mesmo sendo muito raros os efeitos adversos graves.
O CIDADÃO entrou em contato com o secretário de saúde de Fernandópolis, Ivan Veronesi, nesta manhã, mas ainda não obteve esclarecimentos sobre a medida.