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Moradores do Residencial Liana reclamam de asfalto “casca de ovo”



Moradores do Residencial Liana reclamam de asfalto “casca de ovo”
A forte chuva que caiu sobre Fernandópolis na madrugada do último domingo, dia 3, trouxe grandes prejuízos para os moradores da Rua Humberto Martins, localizada no bairro Residencial Liana, que fica próximo ao barracão da prefeitura.
A rua foi asfaltada no final do último semestre e, segundo os moradores, a prefeitura colocou uma placa falando que se tratava de “asfalto público”, o que os fez pensar que era gratuito. Para surpresa dos moradores, logo chegaram os carnês, que em média obriga cada residência a pagar R$ 800,00 pelo asfaltamento. “Veja só o meu caso: tenho uma casa de esquina e minha filha mora na casa ao lado. Nossos boletos somados dão quase R$ 2,5 mil. Somos assalariados e estamos desesperados com o alto valor. Não quero asfalto de graça, mas por outro lado quero asfalto de qualidade”, desabafou a funcionária pública Terezinha de Jesus Prado Duarte, que não sabe se deve pagar a próxima prestação que vence no dia 10, tendo em vista a situação em que se encontra o asfalto.
O eletricista Luis Aparecido Gonçalves, de 58 anos, buscou uma trena e verificou que o asfalto, segundo ele, é uma “casca de ovo”, pois tem apenas um centímetro de espessura. “Se um caminhão passar por aqui é capaz de ficar afundado. Estou com medo de tirar meu carro da garagem e ele afundar no asfalto, que só de pisar está afundando”, disse Gonçalves.
“Estamos pagando por um asfalto de má qualidade. Para se ter uma idéia, sai para viajar em uma segunda-feira à tarde e quando voltei na quarta-feira o asfalto já estava pronto. Deve ter sido feito de qualquer maneira. Será que nenhum engenheiro da prefeitura veio aqui fiscalizar o que a empresa responsável pelo asfalto estava fazendo?”, desabafou o vendedor Edivaldo Ferreira Lopes, de 32 anos.
Segundo a aposentada Hilma Teles Barbosa, moradora há quatro anos do bairro, não adiantou nada ter asfaltado a Rua Humberto Martins sem ter asfaltado as ruas que ficam acima dela porque toda a água vem cair na rua onde mora. “O engenheiro deveria ter visto isso, não fizeram sequer uma boca de lobo para captar a água da chuva. Não é fácil tirar grande parte da minha aposentadoria para pagar esse asfalto. Graças a Deus que o meu neto fez uma calçada boa, senão até minha casa tinha ido embora”, afirmou a aposentada.
Os moradores da rua estão inseguros com o que pode vir a acontecer se cair mais chuvas fortes. Uma outra questão apresentada por eles é se o asfalto possui garantia, porque senão, não há por que continuarem pagando por algo que não existe mais.