Geral

Mudanças na merenda e repasses criam problemas em escolas e entidades



Mudanças na merenda e repasses criam problemas em escolas e entidades
A terceirização da merenda escolar, o fechamento da cozinha piloto para reformas e o repasse de verbas da prefeitura estão gerando problemas para vários órgãos da cidade.

As únicas entidades assistenciais que estão recebendo a merenda são APADAF e APAE, porque ambas também são escolas e a verba repassada é da educação. Mas exclui a escola SESI, por não ser municipal e nem estadual.
O SESI nunca obteve uma nota abaixo de sete nas avaliações do estado, o que resulta num nível de ensino até melhor do que algumas escolas particulares. Um ensino que permite os educadores a criar e produzir seu próprio estilo de aula, sem se prenderem a apostilas pré-definidas.

A diretora da escola, Rosicleide Costa Scapim da Fonseca Carósio, diz que ainda espera uma posição da prefeitura quanto à merenda, já que não houve qualquer resposta oficial. “Os alunos estão sem merenda desde 29 de janeiro. Gastamos todo o dinheiro que tínhamos da APM e agora estamos sem saída. Não é todo dia que as mães têm um pedaço de bolo ou uma bolacha para mandar. Crianças não vivem de papel, antes de alimentá-las com conhecimentos, precisamos dar arroz e feijão. Elas ficam horas na escola, precisam repor as energias. A prefeitura nos deixou numa situação muito complicada e não tomou posição ainda”.

Segundo a diretora do Bem Estar Social, Malu Mandrino, a criação de uma suplementação para resolver os problemas com a alimentação será encaminhada para a Câmara Municipal. Mas essa suplementação só visa à alimentação das entidades beneficentes, o que não inclui o SESI.

A diretora diz também que prefeitura está em dia com o repasse da verba enviada pela União e o Estado para a Diretoria do Bem Estar Social, que por sua vez repassa para as associações que estão regulamentadas com a diretoria. As únicas que não estão regulares são APADAF que, segundo Diana Viana, devido algumas mudanças feitas em ata e no estatuto interno que ainda não foram registradas em cartório e a Associação Beneficente Renascer.

Algumas associações como o Orfanato, ADVF, Asilo e Centro Social de Menores, entram em contrapartida quanto à alimentação devido a locação do prédio que utilizam ou o pagamento de funcionários.
Essa suplementação de iniciativa da Diretoria do Bem Estar Social visa ajudar na alimentação dessas unidades, porém tudo dependerá dos resultados emitidos pela Câmara.

A presidente da ADVF, Célia Aparecida Fontes Mafra, diz que esse repasse muitas vezes chega atrasado, como os referentes a janeiro e fevereiro que só foram repassados em março. E o referente a março ainda não chegou. Sempre que atrasa, Célia telefona para a prefeitura pedindo uma posição, onde alegam que o Estado e a União que atrasam o repasse.

A UNATI ainda espera a decisão da prefeita Ana Bim quanto a um projeto aprovado pela Câmara Municipal de repasse de verba. A instituição nunca recebeu nenhuma contribuição da prefeitura.

Havia um acordo com a Fundação Educacional de Fernandópolis para manter a UNATI, porém foi absolvido após a entrada de Luiz Vilar na administração. O desconto de 50% nas mensalidades de alunos registrados na instituição ainda prevalece, mas a UNATI precisa de dinheiro para dar continuidade nas suas atividades. Há um gasto mensal com aluguel, água, luz e telefone. Fatores básicos para o funcionamento.

A Presidente Maria José Pessuto pretende reunir os 50 alunos universitários beneficiados pela instituição e pedir para que contribuam com uma mensalidade de dez reais, que somará com contribuições de outras pessoas, enquanto outras medidas não são tomadas.

Não há previsão de quando todos esses problemas serão solucionados.