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Mulher no volante, profissionalismo constante!



Mulher no volante, profissionalismo constante!
Marlene Aparecida Martinez Dante, 41, é caminhoneira há 15 anos e quem a incentivou a seguir carreira foi seu marido Antonio Aparecido Dante, de 47 anos, também caminhoneiro. Quando não havia motorista disponível para alguma viagem, Antonio indicava Marlene que, aos poucos, foi conquistando seu espaço nessa carreira tipicamente masculina.

Atualmente, Marlene trabalha em um frigorífico de Jales transportando carne em caminhões com câmara fria. “Eu achava que jamais conseguiria algum emprego como caminhoneira aqui no interior. Mas assim que a empresa abriu vagas para mulheres, não perdi tempo e fui atrás. Fui selecionada e estou há dois anos e meio trabalhando na área. Respeito muito meu local de trabalho por isso”, diz Marlene.

Ela nunca teve problemas durante as viagens, nem mesmo com o caminhão. Quando pára em postos de combustíveis ou restaurantes, os homens não zombam do fato dela ser mulher. Ao verem sua aliança de casamento no dedo, a procuram para perguntar o que acha da profissão e como consegue concilia-la com os cuidados com a família. “A mulher ganhou seu espaço nessa área. Não existe mais aquele preconceito de antes. Eu nunca sofri nenhuma ofensa”, conta.

A caminhoneira diz que sente prazer em dirigir caminhão e “pegar a estrada”, pois ama dominar a máquina. Seus maiores sonhos são poder dirigir uma carreta de três eixos e um dia comprar um caminhão.
Os filhos de Marlene e Antonio, Jean Carlos, 21 anos e Alessandra, 18, falam com muito carinho sobre a profissão da mãe. Sentem-se orgulhosos por ela encarar uma profissão diferente das quais as mulheres são habituadas a fazer e que requer muita habilidade e talento.

“Eu amo o que faço. Se eu dissesse que apenas gosto, estaria mentindo. Há duas coisas que eu mais amo na vida que são minha família e o meu trabalho”, diz, orgulhosa e determinada.