Depois de um exaustivo levantamento de dados sobre o Museu Histórico de Fernandópolis, para comprovar que ele se adequava ao padrão estabelecido pelo Governo Federal, a instituição foi aceita e incluída no Cadastro Nacional de Museus.
Wânia Carvalho de Freitas, funcionária do Museu Municipal, juntamente com o Diretor de Cultura, André Pessuto, há dois anos tem trabalhado para conservar o acervo histórico e organizar as peças. Seu maior desafio foi identificar a procedência de cada material, já que a maioria é constituída por doações sem registros.
Antes, o museu era como um depósito de lixo. As pessoas chegavam com as peças e largavam aqui sem esclarecer suas procedências. Quando comecei meu trabalho, estava tudo pelo chão, em caixas, sem a higiene necessária. Organizei os documentos e coloquei em pastas. Agora sim o museu pode começar a contar a história de Fernandópolis, conta Wânia.
O próximo desafio para o Museu é o tombamento histórico. Ele precisa de mais espaço e isso significa recuperar a área que o Postinho de Saúde da Brasilândia ocupa provisoriamente, em prédio anexo. O espaço foi cedido pela Diretoria de Cultura até a construção da nova Unidade Básica de Saúde.
Segundo Wânia, o interesse era de que tomassem o espaço do Museu para transformar tudo em Postinho. Com esse cadastro federal não haverá mais possibilidade disso acontecer. O museu continuará funcionando e resgatando a história da cidade, afirma.
A casa que o museu ocupa era da família Barozzi, fundadores da Vila Brasilândia, isto é, até mesmo o local já faz parte da história. Há também telefones da década de 40, os primeiros computadores de Fernandópolis que surgiram na década de 80, doados pelo Escritório Brasil. Os teclados fixados nos monitores e as CPUs com cerca de um metro de altura. Há também as mobílias que compunham a sala do primeiro prefeito eleito, Libero de Almeida Silvares, e um armário com louças da família Barozzi.
Com o cadastro nacional, o museu receberá uma base ainda maior para efetuar o levantamento de dados e tornar-se um rico acervo histórico da região. O Sistema Brasileiro de Museus já mapeou cerca de 2200 instituições do gênero em todo o país.
Em breve, os dados sobre o museu poderão ser acessados pelo site www.museus.gov.br.
O Museu Histórico de Fernandópolis fica aberto das 7:30h às 17h, de segunda a sexta-feira. Escolas que queiram agendar visita podem ligar para Wânia, pelo telefone (17) 9148-2837. Para mais informações, o telefone da Diretoria de Cultura é (17) 3442-3797.