O programa SP Acolhe, lançado pelo governo do Estado nesta terça-feira, 29, deve destinar quase R$ 1 milhão para famílias de baixa renda da região que sofreram com a perda de um parente para a Covid-19. Cerca de 100 cidades da região serão atendidas pelo programa, incluindo Fernandópolis, Jales, Votuporanga e Rio Preto.
O benefício de R$ 1,8 mil será pago em seis parcelas mensais de R$ 300, entre os meses de julho e dezembro de 2021. A iniciativa vai beneficiar famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal de até três salários-mínimos que tenham perdido ao menos um familiar vítima de Covid-19, podendo ser pai, mãe, avô, avó, filho, filha ou outro parente. O programa considera todas as estruturas familiares, exceto a unifamiliar, composta por uma única pessoa, com filhos de todas as idades.
A secretária estadual de Desenvolvimento Social, Célia Parnes, afirma que o programa é inédito no Brasil. "Nós cruzamos os dados do CadÚnico com a lista das pessoas que morreram em decorrência da Covid-19, fornecida pela Secretaria da Saúde. As famílias que perderam um ente, muitas vezes o provedor, pessoa responsável pela renda da família, têm passado muitas dificuldades. E a pandemia tem deixado um rastro de muita miséria", diz a secretária.
De acordo com Célia, o benefício é acumulativo, o que permite pagamento de benefício para as famílias por cada ente perdido para a doença. Com este sistema, tenta-se evitar o risco de fraude. "São pessoas que perderam pais, avós ou filhos, em decorrência da Covid-19, até junho desse ano." Em todo o Estado, o programa vai beneficiar 11.026 famílias, com 11.143 auxílios, totalizando repasse estadual de R$ 20 milhões.
A secretária estadual garante que o programa vai adicionar mais famílias que sofram com a perda de parentes durante a pandemia. "Infelizmente, a situação continua bastante grave. Ainda temos falecimentos ocorrendo em todo o Estado. Enquanto não chegar dia 15 de setembro, data em que está previsto que todas as pessoas que moram no estado de São Paulo tenham recebido pelo menos uma dose da vacina, teremos de conviver com a perda de pessoas para doença", diz a secretária.
