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“O casamento pode esperar”



“O casamento pode esperar”

Com as mudanças ou ajustes, o que pode ser adiado, está sendo remarcado. Se o casamento é o ponto de partida para todas as demais experiências familiar e paterna, então, o arremesso do buquê ficará para depois. E com ele, pelo menos por enquanto, o primeiro filho, o batizado, a primeira viagem em família. Infelizmente, isso não se trata de uma opção, e sim, de uma necessidade de se proteger de um fenômeno viral altamente contagioso e mortal. 
Por causa dos riscos de contaminação, o casal de noivos Bruno Cesar Pinhel, 29, e Dayane Bernardino, 27, foram um dos primeiros a adiar o casamento. Em virtude do surto de coronavírus na região noroeste e levando em consideração a exposição dos familiares, convidados e fornecedores ao risco de contaminação, eles decidiram adiar a tão aguardada data em que celebrariam o matrimônio.
“O casamento pode esperar. Mas, não posso colocar a vida dos meus familiares em risco por um luxo meu, uma data que a gente escolheu. Acho mais importante a saúde de minha família e de meus fornecedores”, disse Dayane.
De acordo com o Cartório de Registro Civil de Fernandópolis, de 24 de março a 27 de abril, 15 casamentos foram adiados e 11 divórcios foram averbados. Sobre os casamentos que foram realizados durante esse período, o órgão informou que por medida de segurança no que diz respeito aos riscos de contaminação por coronavírus, os atos estão sendo realizados apenas com a presença dos noivos e das duas testemunhas obrigatórias por lei. 
Essa tem sido a maneira mais segura que o órgão seguindo os protocolos do Ministério da Saúde encontrou para continuar atendendo a sociedade sem colocar em risco a saúde dos usuários. Se o momento é de reajustes no modelo tradicional de organização social por conta do coronavírus, o bom senso e o consenso tem resultado em decisões que propiciam a segurança e o bem-estar de todos. Foi o que fizeram Dayane e Bruno Cesar antes de adiarem a data do casamento. Eles levaram em consideração os riscos envolvidos ao reunir a família e amigos para o casamento. Na data em que adiaram o casamento, o município não estava cumprindo o período de quarentena determinado pelo governador do Estado. Para tanto, usaram apenas o bom senso mesmo.
“Na minha família, tem várias pessoas que estão no grupo de risco, pessoas com problemas respiratórios, idosos com mais de 60 anos e crianças que também apresentam problemas respiratórios”, acrescentou.