Meio Ambiente

Onda de frio faz temperatura despencar de 31° para 4° em dois dias em Fernandópolis



Onda de frio faz temperatura despencar de 31° para 4° em dois dias em Fernandópolis

A primeira onda de frio do inverno registrou as temperaturas mais baixas da série histórica da estação do Ciiagro – Centro Integrado de Informações Agrometeorologicas – de Fernandópolis desde 2009. O fernandopolense enfrentou no início desta semana uma verdadeira inversão térmica. Saiu do calor de 31 graus no domingo, 27, para 4,3 graus na madrugada de terça-feira, 29. A temperatura mais baixa foi registrada na madrugada de quarta-feira, 30, quando a estação que funciona na Universidade Brasil registrou 4,1°.
De acordo com a série histórica registrada pelo Ciiagro, os registros nesta semana foram das temperaturas mais baixas desde 2009. O recorde anterior era de 4,2 graus em 4 de agosto de 2011. Outra marca próxima do recorde registrado na quarta-feira ocorreu em 8 de julho de 2019, com 5,2 graus.
Pela primeira vez a estação de Fernandópolis registra quatro dias de frio intenso: 8,5° no dia 29; 4,3° no dia 30; 4,1° no dia 1º de julho e 5,1º na madrugada de ontem. A partir deste fim de semana, as temperaturas mínimas deverão subir e atingir marca mais confortável.
A onda de frio também afetou as temperaturas máximas em Fernandópolis que caíram de 31 graus no domingo para 16,8 graus na tarde de quarta-feira. Ontem a máxima já superava a a marca de 25 graus.
Em algumas cidades da região, houve registro de temperatura próxima de zero grau. Uma propriedade rural de Macedônia registrou na madrugada de quarta-feira, 0,2 graus. Em Estrela d´Oeste a mínima chegou a 0,2 grau, em Indiaporã, 0,4 grau. Em pontos mais baixos houve ocorrência de geada.
Associada a queda de temperatura e ao período de estiagem, Fernandópolis registrou esta semana baixa umidade relativa do ar. O pior índice ocorreu na quarta-feira, com 16,8%. Nos demais dias, ficou abaixo de 30%, quando o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 60%.
CUIDADOS
RESPIRATÓRIOS
As oscilações bruscas de temperatura e baixa umidade relativa do ar, a concentração de poluentes aumenta, características do inverno na régio contribuem para o surgimento das doenças respiratórias. Segundo o médico alergologista, Orlando Cândido Rosa, as doenças mais comuns nesse período são: asma e a rinite alérgica.
“Vários fatores contribuem com a piora das doenças alérgicas como as mudanças climáticas bruscas, aumento da frequência de infecções virais e respiratórias e o uso de cobertores de lã e vestimentas que acumulem pó”, explica o especialista.
Entre as doenças mais comuns nesse período, a asma possui sintomas como: tosse, chiado no peito, falta de ar e desconforto no tórax, enquanto a rinite os sintomas são congestão nasal, coriza, espirros, respiração bucal e, em alguns casos, acompanha irritação nos olhos, coceira e vermelhidão.
De acordo com o médico, a poeira doméstica é uma das principais vilãs das alergias respiratórias. Sendo o ácaro, o principal deles. “Eles são microscópicos e são encontrados em todas as casas. Os ácaros vivem principalmente em travesseiros, colchões, cobertores, carpetes, cortinas e se proliferam em ambientes quentes e úmidos”, alerta o médico.