Juros altos, financiamentos imobiliários que sobem no mesmo ritmo e muitos proprietários, para não perder o negócio, decidiram parcelar o valor da venda de casas e apartamentos para os seus clientes. Na região de São José do Rio Preto, incluindo Fernandópolis, essa modalidade vem surpreendendo e dando excelentes resultados.
Para se ter uma ideia, em outubro, as negociações ficaram assim: Parcelamento Direto com o Proprietário (38,24%), à vista (29,41%), Financiamento com a CAIXA (26,47%), Outros Bancos (5,88%).
Os dados são de um levantamento do CRECISP - Conselho Regional de Corretores de Imóveis do estado de SP - junto a 45 imobiliárias e corretores das cidades de Bady Bassit , Barretos , Bebedouro , Catanduva , Fernando Prestes, Fernandópolis , Jaci, José Bonifácio, Mirassol, Nhandeara, Novo Horizonte, Olímpia, SJRP, Votuporanga.
De acordo com o presidente do conselho, José Augusto Viana Neto, proprietários e clientes estão fazendo negócio e deixando os bancos de lado. “As taxas do crédito imobiliário muitas vezes inviabilizam a transação. Enquanto os bancos não revisarem isso, o mercado vai continuar buscando alternativas”, concluiu.
PERFIL
Na comparação entre outubro/21 e setembro/21, as vendas de casas e apartamentos na região noroeste caíram 13,39%%. As locações subiram 11,40%
O total de imóveis vendidos ficou dividido da seguinte forma: 60,71% para casas e 39,29% para apartamentos. Com relação ao preço médio dos imóveis vendidos, a preferência dos compradores ficou por imóveis na faixa de preço de R$ 200 mil, com 50% do mercado.
Os bairros da periferia foram os mais procurados (50%), seguidos da região nobre (30%) e área central (20%). Na região, as casas mais vendidas foram as de 2 dormitórios (75%), com 1 vaga de garagem (37,50%), e área útil de, em média, entre 51 a 100 m² (62,50%).Para apartamentos, os mais vendidos foram de 2 dormitórios (50%), com 1 e 2 vagas de garagem (50% cada), e área útil de, em média, entre 51 a 100 m² (100%).
Os novos inquilinos na região deram preferência à locação de casas (82,35%) a apartamentos (17,65%). A faixa de aluguel de até R$ 1.000,00 representou 66,67% do mercado.
As casas mais alugadas foram as de 2 dormitórios (66,67%), com 1 e 2 vagas de garagem (44,44% cada), e área útil de, em média, entre 51 a 100 m² (66,67%).
Os apartamentos mais alugados foram os de 2 a 4 dormitórios (99,99%), sem vagas (33,33%) ou com 2 e 3 vagas de garagem (33,33% cada), e área útil de, em média, 101 a 200 m² (66,67%).