O número de professores de escolas públicas que usam o computador e a internet durante as atividades realizadas com os alunos subiu de 22% para 46% em dois anos, segundo dados da pesquisa TIC na Educação, realizada todos os anos pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br). A edição referente a 2013 foi divulgada nesta terça-feira, 15.
No mesmo período, caiu o número de professores que realizam atividades com os alunos no laboratório de informática. O uso de computadores nesse local da escola, porém, ainda é o mais frequente, e é feito por 76% dos professores ouvido pela pesquisa.
O estudo foi feito a partir entrevistas realizadas entre setembro e dezembro de 2013 com 939 diretores, 870 coordenadores pedagógicos, 1.987 professores e 9.657 alunos de 994 escolas públicas e privadas na zona urbana de todas as regiões do Brasil. Das 994 escolas, 929 possuem computador.
O número de computadores instalados dentro da sala de aula, porém, permaneceu inalterado entre 2012 e 2013: só 12% das salas de aulanas escolas onde a pesquisa foi realizada tinham pelo menos um computador.
Tablets
Os tablets foram o tipo de equipamento que mais entrou nas escolas no último ano. Segundo os dados, entre 2012 e 2013 triplicou de 4% para 12% a quantidade de escolas que tinham um tablet. Praticamente todas as escolas têm computadores de mesa (99%), e a quantidade de escolas com computadores portáteis, como o notebook, permaneceu praticamente o mesmo, de 72% para 73%.
Outra prática permaneceu inalterada: 51% dos professores dizem que levam seu computador portátil pessoal para a escola para realizar atividades com seus alunos. Há dois anos, esse número era de 50%.
Quase metade dos professores usam o computador e a internet para aulas expositivas aos alunos. Sete em cada dez professores disseram que ensinam seus alunos a usarem o computador e a internet, 47% usam a ferramenta em exercícios práticos após a aula expositiva e 38% dos docentes usam o computador para dar apoio individual aos estudantes que estão atrasados em relação ao grupo.
O CGI.br destacou "uma crescente tendência de mobilidade nas escolas", já que a pesquisa identificou a presença de acesso à internet sem fio em 71% das escolas públicas em 2013, contra 57% em 2012.
Ao mesmo tempo, o comitê afirma que a internet nas escolas públicas ainda é lenta: 52% das escolas mantidas pelo poder público têm uma conexão de internet de até 2Mbps –nas escolas particulares, esse índice cai para 28%.