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Pesquisa sobre a lenda do santo



Pesquisa sobre a lenda do santo
Esta é, com algumas alterações, a história de São Cristóvão, extraída da Legenda Áurea, da forma como foi traduzida para o inglês por William Caxton, uma história conhecida em toda a cristandade, tanto no Oriente como no Ocidente. Dela surgiu a crença popular de que todo aquele que contemplasse uma imagem do santo naquele dia não sofreria mal algum: crença essa que foi responsável pela colocação de grandes estátuas e afrescos que o representavam na parte oposta à entrada das igrejas (algumas das quais ainda existem em nosso próprio país), de forma que todos os que entrassem pudessem vê-la. Ele era o santo padroeiro dos viajantes, sendo invocado contra os perigos representados pelas águas, tempestades e pragas. E, em épocas mais recentes, encontrou uma popularidade renovada como padroeiro dos motoristas.

A lenda de São Cristóvão só assumiu a sua forma final na Idade Média: seu nome latino Christophorus (o que leva Cristo), além de ter um significado espiritual, recebeu também um significado material. A história foi enfeitada pela vitalidade da fantasia medieval. Excluindo-se o fato de ter existido, realmente, um mártir de nome Cristóvão, nada se sabe ao certo a respeito do mesmo: O Martirológio Romano diz que ele sofreu o martírio na Lícia, sob o Imperador Décio, morto por flechas e decapitado, após sair ileso das chamas.

Os muitos pontos interessantes que surgem em conexão com São Cristóvão são amplamente discutidos pelo Dr. R. Hindringer, no Lexikon fur Theologie und Kirche, vol. II, cols. 934-936, e por H.F. Rosenfeld, Christophorus (1937). Houve indubitavelmente um São Cristóvão, cujo culto estava bastante difundido no Oriente e no Ocidente. Uma igreja na Bitínia lhe foi dedicada em 452. A lenda primitiva nos conta a respeito da procura de um mestre por parte de São Cristóvão ou sobre o seu trabalho de transportar os viajantes através dos rios, porém, sua estatura gigante e seu aspecto assustador são amplamente descritos, bem como o seu bastão que cresceu e floresceu, quando atirado ao chão. O incidente com Aquilina e sua companheira é, também, colocado em evidência, e temos a mesma série absurda de tentativas infrutíferas para levar o mártir à morte.