No mesmo dia em que, pela manhã, a Associação de Amigos aprovava a aquisição do terreno para o Pólo Logístico, o empresário Andrelino Novazzi Neto, proprietário da Transrio e presidente da holding Água Vermelha, anunciava na última sexta-feira à tarde que a Petrobrás aprovou o projeto de transbordo hidroviário concebido pela Transpetro e que opta pela rota São Simão Aparecida do Taboado Araçatuba Replan (Refinaria do Planalto Paulista, em Paulínia). Haverá uma ramificação ao norte, vinda de Guaíra (SP), e outra ao sul, partindo de Bataguaçu (MS). O projeto é realidade, já passou para a segunda fase, explicou Novazzi.
A convite de Carlos Lima, coordenador do Pólo Logístico de Água Vermelha, Novazzi esteve ontem em Fernandópolis para se avistar com executivos da Ceagesp, que inspecionaram as instalações da empresa na cidade. Na comitiva da Ceagesp, estava Jarbas Zuri, assessor do presidente da companhia, Francisco Cajueira. A proposta para incrementar os trabalhos do entreposto é a remontagem imediata dos grandes silos que foram trazidos de Araçatuba e São José do Rio Preto e a re-ligação dos trilhos da ferrovia até a estação da Fepasa.
TIETÊ-PARANÁ
Andrelino Novazzi considera irreversível a rota definida pela Transpetro, com a utilização da hidrovia como corredor de escoamento e os terminais que serão os centros de captação e distribuição de cargas. Com relação ao projeto do Porto Intermodal, que há 14 anos vem sendo objeto de luta dos políticos e empresários de Iturama, Fernandópolis e outras cidades do eixo, Andrelino acredita que haverá perdas significativas, embora Iturama seja grande produtora de álcool e deva se beneficiar com a instalação da indústria de polietileno fabricado com etanol, que será implantada em Santa Vitória, e Fernandópolis esteja num ponto estratégico da região, principalmente quanto ao setor ferroviário.
O empresário revelou que as definições aconteceram nas negociações políticas realizadas no fim do ano passado. Ele acredita que o atraso na concretização de metas e a falta de vontade política demonstrada pelos prefeitos de Ouroeste e Fernandópolis foram cruciais. Carlos Lima acredita que o caminho, agora, será incrementar a indústria de plástico, usando o álcool regional, além do investimento nos produtos manufaturados.