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Plantas invadem calçadas e impedem passagem de “cadeirantes”



Plantas invadem calçadas e impedem passagem de “cadeirantes”
O Código Sanitário e de Posturas do Município, em seu artigo 282, III, proíbe a plantação de espécies vegetais que projetem ramos sobre as calçadas, prejudicando a circulação em cadeiras de rodas de pessoas deficientes físicas, não tem sido respeitado por parte da população fernandopolense.

Exemplos disso são as residências espalhadas por bairros da cidade que apresentam irregularidades no passeio, dificultando a passagem de pedestres e deficientes físicos. Uma das casas que apresentam situação irregular crítica está localizada na esquina da Rua Espírito Santo, em frente à Câmara Municipal de Fernandópolis. Árvores e arbustos foram plantados na calçada impedindo a passagem de pessoas que são obrigadas a utilizar a passagem pela rua ao invés da segurança da calçada.

Não é a primeira vez que o código gera polêmica entre a população e autoridades da cidade. No último mês a assistente social Célia Mafra e o promotor Denis Henrique da Silva protocolaram documento no Ministério Público para aumentar o espaço de 0, 90 cm livres para pedestre para 1,2 m. O projeto foi apresentado à Câmara Municipal para aprovação e mudança do projeto de lei que prevê a preservação dos 0,90 cm. De acordo com Célia, que tem um filho adolescente com deficiência visual, sua luta é por todos os deficientes que não podem se locomover com segurança em sua própria cidade.

“Não entrei com esse pedido no MP só por causa do meu filho. O doutor Denis me pediu para fazer um ofício relatando todos os problemas que os deficientes encontram para caminhar com obstáculos”, explicou.

Uma pesquisa realizada por Célia na cidade mostra que para circular com segurança, deficientes físicos que utilizam cadeira de rodas necessitam de no mínimo 1,10 m livre nas calçadas. Deficientes visuais necessitam de 1 m para utilizar a bengala de direção. De acordo com a presidente da Associação de Deficientes Visuais de Fernandópolis o promotor deve cobrar o projeto dos vereadores até o final de abril.

Proprietários da casa foram procurados pelo CIDADÃO via telefone, porém até o fechamento desta edição ninguém foi encontrado.