Meio Ambiente

Polícia Ambiental alerta para o aumento de animais silvestres em áreas urbanas



Polícia Ambiental alerta para o aumento de animais silvestres em áreas urbanas

Um tamanduá-bandeira que “passeava” calmamente por avenida no centro de Jales em pleno mês de dezembro; um jacaré com cerca de um metro que apareceu na garagem de uma residência no antigo Núcleo da Cesp em Fernandópolis no mês de janeiro; e uma onça parda que atacou um galinheiro em uma propriedade rural no Distrito de Boa Vista dos Andradas em Alvares Florence no último dia 27 de junho, são alguns exemplos recentes da presença de animais silvestres na área urbana.

Diferente das araras-canindé que encantam pela beleza das cores e revoada, esses animais, ao contrário, geram medo. Em entrevista para o repórter Samuel Leite da Rádio Difusora, o capitão Alonso Ferreira, da Polícia Ambiental de Fernandópolis, alertou que devemos estar preparados para essas situações que tendem a ficar frequentes. A lista de animais silvestres na região inclui também lobos-guará, gatos do mato, jaguatiricas e cobras sucuri.

A expansão das cidades, se aproximando do território destinado a vida comum desses animais e a melhoria da qualidade ambiental da região, são fatores que explicam essa aproximação, diz o policial.

“Com nossos rios e florestas cada vez mais preservados, vamos continuar registrando essas aparições de animais silvestres na área urbana. Mas, devemos deixar claro que esse animal não tem interesse de transformar a cidade em seu habitat. Eles, por algum motivo, acabaram aparecendo na cidade. O ideal é que, ao se deparar com um animal, permita a sua fuga, que ele volte para seu habitat natural sem contato com o ser humano, explica o capitão.

No caso da zona rural, Alonso orienta que os proprietários melhorem a área cercada dos pequenos animais, como carneiros, porcos e aves, para que impedir que sejam presas desses animais. “Nós orientamos a população para que o convívio entre o ser humano e a fauna se torne o mais seguro possível e isso passa pela educação ambiental”, diz.

Ele reforça o foco na segurança, ou seja, não tente capturar, nem acuar um desses animais.

“O ideal é permitir a fuga ou ligue para a Polícia Ambiental e o Corpo de Bombeiros para o resgate seguro. Esses animais costumam ter mais medo da gente, do que a gente dele. Dificilmente alguém vai se deparar com uma onça, por exemplo, durante o dia ou que ela venha atacar uma pessoa, porque ela tem o costume de fugir na presença humana”, alertou.