A Delegacia Seccional de Fernandópolis, cumprindo um mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz de direito da 3ª Vara Criminal da capital paulista, prendeu no final da tarde da última sexta-feira, dia primeiro, Juliano Henrique de Souza Sonoda, em sua residência, localizada na Avenida Líbero de Almeida Silvares.
Sonoda é acusado de ter cometido latrocínio na cidade de Matsunoto, estado de Nagano, no Japão, no mês de julho de 2003. Juntamente com o japonês Yashiro Inomata, abordaram o agiota coreano Tatsumori Zen (na época com 59 anos) e o enforcaram com uma corda. Em seguida, roubaram 410 mil ienes que a vítima portava e fugiram. Inomata foi preso e condenado à prisão por tempo indeterminado, mas Sonoda conseguiu sair do Japão em dezembro do mesmo ano, no vôo que saiu de Nagoya (Aichi) com destino a São Paulo e escala em Paris.
O crime teve grande repercussão, principalmente na mídia japonesa, tendo em vista a participação de dekasseguis trabalhadores brasileiros no Japão.
Logo após a prisão, Sonoda, de 29 anos, foi encaminhado para a cadeia pública de Guarani DOeste, onde ficará à disposição da justiça pública.
Por não haver um tratado de extradição entre os dois países, este é o quarto caso de brasileiro foragido que será julgado no país de origem após cometer crime no Japão.
Segundo a polícia japonesa, Sonoda também fazia parte de uma quadrilha formada por 14 brasileiros e um japonês. O grupo foi responsável por aproximadamente 800 casos de roubos em sete províncias: Nagano, Niigata, Yamanashi, Gifu, Toyama, Saitama e Ibaraki. O prejuízo total teria sido de 166 milhões de ienes, sendo 61 milhões em dinheiro.
Segundo a polícia, a quadrilha se dividia em grupos de três a cinco pessoas, e invadia casas, joalherias, home centers e outros tipos de estabelecimentos, além de arrombar carros, desde dezembro de 2002.