A Câmara Municipal de Fernandópolis votou nada menos que 12 projetos de lei na noite de terça-feira, 12. Em meio à retirada de projetos e pedidos de dispensa de formalidades, a atenção ficou mesmo por conta do problema do asfalto em Fernandópolis e de suposto ato de nepotismo cometido pela prefeita Ana Bim.
Dos 12 projetos votados, sete já constavam da pauta da sessão (a primeira do ano) e cinco entraram com dispensa de formalidades. O vereador Étore Baroni retirou seu projeto que proibiria construção, instalação e funcionamento de novos postos de combustível na cidade. O vereador José Carlos Zambon pediu vista do projeto de sua autoria e do vereador Pedro Toledo, que institui Código de Defesa do Contribuinte do Município.
Dois projetos não obtiveram unanimidade na votação. O primeiro foi o que altera dispositivos do Código Sanitário e de Posturas; o segundo, um projeto da vereadora Maiza Rio que propõe a instituição do Dia Municipal de Combate à Aids. Embora os vereadores Francisco Albuquerque e Manoel Sobrinho Neto Junior argumentassem que já existe o dia mundial de combate à Aids, o projeto foi aprovado com cinco votos favoráveis.Esse tipo de atitude só faz com que o município gaste dinheiro desnecessariamente, disse Manoel Sobrinho.
O projeto que estabelece a obrigatoriedade dos órgãos da Administração Pública Municipal darem treinamento aos servidores para atendimento às pessoas portadoras de necessidades especiais ganhou emenda aditiva, que determina a colocação de placa em local visível, informando a existência dos serviços e identificando o servidor responsável.
O projeto que instituiria feriado municipal no dia da Consciência Negra foi modificado será dia útil, apenas com uma comemoração pela efeméride, no dia 20 de novembro.
Cinco Projetos entraram por dispensa de formalidades. São eles: o que dispõe sobre desafetação de próprio público com o objetivo de viabilizar a outorga de concessão de uso à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo Sabesp, referente à parte do imóvel pertencente ao patrimônio público do Município de Fernandópolis; o que dispõe sobre autorização para abertura de crédito adicional especial no valor de R$160 mil; o que autoriza abertura de crédito adicional suplementar R$430 mil; dispõe sobre revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos e dos subsídios dos agentes políticos do Poder Legislativo; e o que dispõe sobre revisão geral anual dos subsídios dos agentes políticos e secretários do Poder Executivo.
O grande comentário da noite ficou por conta do dinheiro destinado ao asfalto. O projeto da vereadora Maiza Rio pedia informação a respeito das obras de pavimentação asfáltica executadas pela administração pública.
A prefeitura recebeu dinheiro dos deputados para pavimentar ruas da cidade; a troco de quê a população precisar pagar algo que já foi pago? Será que a prefeitura está arrecadando dinheiro às custas da população mais carente?, argumentou a vereadora.
Alaor Pereira também questionou o problema do asfalto e ainda levantou outra questão: uma suposta ação de nepotismo da prefeita. O comentário teve início na votação do projeto do vereador José Carlos Zambon, que pedia explicações a respeito do andamento do processo de instalação da Ouvidoria Pública do Município. De acordo com Alaor, o ouvidor público já havia sido nomeado e se tratava, segundo boatos que ele teria ouvido, do futuro genro da prefeita. O vereador Francisco Albuquerque se disse chocado com a declaração de Alaor e afirmou que se assim for, a prefeita perdeu totalmente o bom senso.