Política

Prisão de Gimenes pode mudar rumo das eleições em Fernandópolis



Prisão de Gimenes pode mudar rumo das eleições em Fernandópolis

A prisão do ex-deputado estadual Gilmar Gimenes na Operação Hígia, que apura desvios de recursos e tráfico de influência na administração da Santa Casa de Fernandópolis, AME e Lucy Montoro, desarticulou os planos do PSDB para as eleições municipais, isso às vésperas da abertura da janela de transferência partidária. Gimenes era o principal nome do partido para as eleições. 
O planejamento estava seguindo o curso normal. Como “cacique” do partido, o ex-deputado, que chegou a transferir domicilio eleitoral para Fernandópolis, alinhavava conversas e, nos bastidores, ganhou força uma informação sobre a formação de uma chapa Gilmar/Ana Bim.  
A decretação de prisão preventiva essa semana, no entanto, complicou ainda mais a situação do ex-deputado. A presidente do Diretório do PSDB, Flávia Resende, sobrinha de Gilmar, está sendo cobrada por tucanos para um posicionamento e, especula-se, que não será surpresa se ela entregar o cargo. Desde a emissão de nota oficial do partido, em 13 de fevereiro, rebatendo o pronunciamento do vereador Étore Baroni, a presidente não se manifesta.
 Com o vácuo criado, as especulações crescem em torno do PSDB. Uma delas, dá conta que outro cacique, a deputada estadual Analice Fernandes, estaria articulando para assumir a liderança partidária na cidade com o objetivo de colocar os tucanos para apoiarem atual prefeito André Pessuto, do DEM. 
O governador João Dória já deixou claro que quer PSDB ou DEM na Prefeitura do maior número de cidades possíveis. Até então Gilmar era tido como o preferido e comandava o partido do governador regionalmente, agora, já é aventada a possibilidade de que a mão do presidente nacional tucano penda para o DEM de Pessuto.

SEM JOGAR A TOALHA  

SEM JOGAR A TOALHA  

Mas, o desejo de candidatura própria não caiu por terra com a prisão de Gimenes. O nome de José Carlos Zambon voltou à baila e o ex-vice prefeito, quando perguntando, diz sempre que é um soldado do partido.
Às vésperas da abertura da janela de transferência partidária, reina no ninho tucano o desejo de evitar a sina que acompanha o partido desde Armando Farinazzo, ou seja, de ser apenas um coadjuvante nas eleições municipais, sempre a reboque de outras candidaturas. Há ainda quem acredite que o partido conseguirá rearticular o plano de ter candidato a prefeito.