O Procurador-Geral da Justiça, Rodrigo César Rebello Pinho, baixou o Ato Normativo nº 498 no último dia 22 determinando a extinção dos lixões ou a adequação da destinação dos resíduos sólidos domiciliares.
Na intenção de impedir a eventual inércia dos administradores municipais, o Procurador-Geral determinou um plano de metas ao Ministério Público, uma vez que a poluição ambiental é fator até mesmo de segurança pública.
FERNANDÓPOLIS
O dispositivo deve afetar Fernandópolis, uma vez que no aterro sanitário local são despejadas de 45 a 50 toneladas de lixo domiciliar por dia, o que contribui para a contaminação do subsolo. Existe a suspeita de que a contaminação atinja o aqüífero que abastece o município e região e ainda polua as águas superficiais dos rios e a atmosfera.
No chamado lixão é comum a presença de urubus, gaviões e carcarás, que são vetores transmissores de várias moléstias contagiosas.
PRIORIDADES
A determinação do procurador deverá forçosamente acionar os membros do Ministério Público local. Recentemente, CIDADÃO matéria sobre o aterro, mostrando que ele praticamente não comporta mais lixo.
Na lista de prioridades estabelecidas pelo Ato Normativo 498/PGJ, constam a extinção dos lixões, com adequação da destinação dos resíduos sólidos, a sanção à inadequada disposição final dos resíduos sólidos urbanos, nos quais se incluem os resíduos domiciliares e dos serviços de saúde (hospitais, pronto-socorros, laboratórios, clínicas, consultórios e outros.
Esse tipo de conduta oferece graves riscos à saúde pública e ao meio ambiente. Do ponto de vista ambiental, a disposição irregular de resíduos leva à poluição do solo, do subsolo, das águas superficiais e subterrâneas e do ar atmosférico.
Nesse sentido, a prática pode levar à degradação das diferentes formas de fauna e flora, causando impacto direto no bem-estar das comunidades atingidas e, de outra parte, do ponto de vista da saúde pública, contribui para o desenvolvimento de vetores nocivos, transmissores de variadas enfermidades à população.
DOENÇAS
De acordo com o ato normativo, o manejo irregular dos dejetos domésticos e hospitalares causa moléstias como dermatoses, infecções, peste bubônica, leptospirose, morbidades parasitárias e outras.
Do ponto de vista social, o lixão é deletério à medida que atrai os chamados catadores, muitos deles crianças, que, na busca de renda derivada do comércio de recicláveis, realizam uma perigosa triagem informal dos resíduos, expondo-se, a si e à comunidade em geral, aos mais perigosos tipos de contaminação.