O presidente do diretório municipal do PSDB de Fernandópolis, o ex-prefeito Armando José Farinazzo, anunciou oficialmente Na Última quinta-feira, dia 26, que o empresário Paulo Biroli será o candidato a vice-prefeito na chapa de Luiz Vilar de Siqueira.
Farinazzo fez o anúncio durante entrevista à Rádio Difusora. Ele explicou que o PSDB se coligou com o DEM apenas para a eleição majoritária. Nas proporcionais, os tucanos deverão se unir ao PV.
O ex-prefeito declarou que não disputará a eleição devido ao seu delicado estado de saúde ele passou recentemente por cirurgia no aparelho digestivo. Uma campanha é desgastante, e não sei se eu suportaria. Não poderia deixar os companheiros na mão, por isso desisti, disse.
Biroli foi o escolhido numa lista que continha ainda os nomes de Olavo Sgotti, Luisinho Arakaki, Etore Baroni e o próprio Armando Farinazzo. Paulo Biroli é engenheiro civil e fará 59 anos no próximo dia 7. Atualmente ele reside em São José do Rio Preto, embora mantenha propriedades em Fernandópolis. É da ala do PSDB ligada a Geraldo Alckmin.
A escolha de Biroli não satisfez a algumas correntes internas do tucanato, que preferiam Farinazzo. O próprio líder, porém, argumentou com seu problema de saúde para justificar a decisão.
Quem também não viu a escolha com bons olhos na verdade, apenas engoliram a decisão foram os membros do PP que estão abrigados sob as asas do presidente da FEF. Estes queriam que o vice fosse um pepista.
Além do mais, a posição de mero coadjuvante que o PP ocupa no contexto do bloco vilarista não satisfaz nem um pouco ao deputado federal Vadão Gomes, que poderia até, segundo alguns analistas, destituir o diretório municipal e lançar José Carlos Zambon como candidato a prefeito ou mesmo como vice da prefeita Ana Bim, do PDT.
INDEFINIÇÃO
Enquanto isso, prosseguem as negociações nos outros partidos. A prefeita Ana Bim (PDT) pode fechar com Antonio Leal, do PTB. Este partido, entretanto, não descarta a coligação com a Terceira Via ou mesmo o lançamento de candidatura própria. O PC do B pode coligar-se com o grupo situacionista e lançar um único candidato a vereador.
Carlos Lima, o candidato a prefeito pelo PT, corteja a vereadora Maiza Rio (PMDB). Houve sondagens também acerca dos nomes que compõem o grupo liderado pelo petista PR, PMN, PSL e PRB. Assim como todos os demais candidatos, a dificuldade de Lima é encontrar um vice que tenha, ao mesmo tempo, densidade eleitoral e aceitação no grupo político.
O empresário Antonio Carlos Catelani, filiado ao PMDB, pode ser a surpresa de última hora na eleição de 2008. Catelani faz contatos políticos para avaliar suas possibilidades. Contudo, o dono da Plastic Tac é cauteloso: não adianta lançar uma candidatura sem embasamento, afirmou.
Além disso, Catelani sabe que o PMDB tem como presidente Ricardo Franco, na verdade a quem compete decidir o rumo do partido. O PMDB irá para onde o Ricardo apontar, disse. Os eternos comentaristas da Panificadora Bastilha sugeriam, durante a semana, a hipótese de uma dobradinha Catelani/Zambon. Outros diziam que, se não houver acerto com Vilar, Ricardo & Cia. podem bater às portas da prefeita Ana Bim. O problema, aí, seria a estreita ligação de Ricardo com Alaor Pereira Marques, do PSB. Até as pedras sabem que a prefeita e o vereador não cabem no mesmo barco.
Ricardo Franco, ouvido na manhã de ontem, transferiu para a noite da sexta-feira a decisão. Vamos nos reunir e deliberar. Por enquanto, não há nada resolvido, garantiu. Um peemedebista que preferiu ficar no anonimato soprou que a agitação de Ricardo nos últimos dias tem uma razão: um telefonema do ex-governador Orestes Quércia, sempiterno cacique do PMDB, teria determinado a Ricardo que se una a Vilar ou lance candidato próprio.