O PSDB de Fernandópolis começa perder filiados insatisfeitos com a crise que tomou conta do partido desde a intervenção do Diretório Estadual em março, quando a então presidente Flávia Resende, sobrinha do ex-deputado Gilmar Gimenes, foi destituída. O partido que já vinha enfrentando divergências internas, viu agravar a crise.
A comissão interventora foi assumida por Neuclair Félix, assessor da deputada Analice Fernandes, e tinha na sua formação nomes ligados ao prefeito André Pessuto (DEM), casos dos secretários Paulo Boaventura (Comunicação), Iraci Pinoti (Cultura) e Ivan Pedro Martins Veronesi (Saúde).
Nem mesmo a indicação de uma nova comissão provisória, sob a presidência da vereadora Maiza Rio, foi suficiente para acalmar os ânimos tucanos, principalmente a ala considerada fundadora do partido em Fernandópolis com Armando Farinazzo.
No caminho, o partido viu seu principal nome, José Carlos Zambon, anunciar que estava abrindo mão da pré-candidatura a prefeito e o vereador João Pedro Siqueira assumir esse posto.
O partido chegou a indicar o nome do presidente do Sindicato Rural Marcos Mazeti para ser vice de André Pessuto, mas ele recusou o convite.
Com as decisões políticas que vem do Diretório Estadual, os tucanos revelam insatisfação e falam em deixar o partido. A primeira baixa ocorreu nesta segunda-feira, quando Shirley Garcia Bordignon Uliana, que era membro da Comissão Provisória, assinou ficha de filiação no MDB.
O presidente da Provisória do MDB, Cássio Araújo, divulgou a ficha de filiação e confirmou que o partido pode receber outros tucanos.
O presidente do Patriotas, Weder Dores também colocou o partido para ser uma opção de filiação imediata de tucanos insatisfeitos.