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“Puxadinho” do terminal da Matriz incomoda fernandopolenses



“Puxadinho” do terminal da Matriz incomoda fernandopolenses
“O que a Ana Bim está fazendo é uma pouca-vergonha”, desabafou uma das muitas pessoas molhadas pela chuva que estavam no terminal da Matriz na tarde desta quarta-feira, dia 2.

Mesmo com a construção de alguns “puxadinhos”, como os definem alguns, que teriam como finalidade proteger da chuva e do sol os usuários do transporte coletivo, a população carente ainda reclama da falta de infra-estrutura. “Essa cobertura não protege nem do sol, quanto mais da chuva”, retrucou outro usuário.

Uma mulher carregando um bebê no colo não sabia se segurava a criança ou o guarda-chuva, pois para entrar no ônibus, ela teve que sair de um dos poucos lugares que não estava molhando para entrar na fila e subir na circular.

“A gente fica aqui tomando chuva. Chega um ônibus, não é o que estamos esperando, chega outro, também não é. Eu sou idosa, tenho reumatismo, não posso ficar tomando essa chuva. Agora há pouco, quase saiu uma briga aqui no ponto porque estávamos todos muito apertados aqui nesta cobertura. Pobre não tem vez. Quero ver quem vai pagar os remédios, se eu ficar doente”, lamentou uma aposentada.

Outro ponto que está deixando os usuários do transporte coletivo de Fernandópolis irritados é o fato de que ainda não está funcionando o sistema de conexão, sistema que permite ao usuário, com o mesmo bilhete, pegar mais de um ônibus, desde que faça a troca dentro do terminal de conexão.

No mês de fevereiro deste ano, o jornal CIDADÃO mostrou o drama vivido pela população, como foi o caso da trabalhadora autônoma Cleonice, que utiliza o serviço de transporte coletivo, e disse passar por sérias dificuldades ao utilizar a circular: “Eu e os meus pais sempre andamos de ônibus e se precisamos ir de um bairro ao outro, temos que pagar dois bilhetes, porque não tem conexão, como em Rio Preto. Venho do Hilda Helena e tenho que ir à Brasilândia quase que diariamente”, disse.