Giuseppe Lantermo di Torre di Montelupo, o Cônsul Geral da República de San Marino, visitou a cidade de São José do Rio Preto na última segunda-feira.
Entre as pessoas que recepcionaram o diplomata, estava o empresário fernandopolense Carlos Lima, que em 2005 chefiou uma delegação em viagem à Itália, para abrir portas do mercado internacional aos produtos de Fernandópolis e região.
Na conversa sobre as novidades da Câmara de Comércio, o cônsul deu uma boa notícia: o mercado europeu deverá liberar em breve a entrada da carne bovina produzida em território paulista.
Em 2005, depois do surto de aftosa detectado no Mato Grosso do Sul, os produtores de São Paulo viram o mercado europeu se fechar, já que os dois estados são limítrofes.
RASTREAMENTO
O cônsul, porém, ressalvou um detalhe que já é do conhecimento de muitos criadores: a Europa exige gado rastreado ou seja, controlado. O rastreamento é uma exigência do mercado externo, que garante a origem e a qualidade da carne exportada. Ele comprova a segurança alimentar até mesmo para o consumidor brasileiro.
Rastrear significa registrar toda a história de um animal por meio de identificação, feita através de sistemas reconhecidos e aceitos pelo SISBOV Sistema Brasileiro de Identificação, Certificação e Origem Bovina e Bubalina, ligado ao Ministério da Agricultura.
EMPRESAS
Em Fernandópolis, duas empresas se destacam na prestação desse serviço. Tratam-se da Tracer Rastreabilidade e da BioRastro.
A Tracer tem na direção o experiente pecuarista Silmar Serafim, que explica que o rastreamento é feito através de chip ou brinco, normalmente implantados na orelha ou no rúmen do animal. A empresa cuida do cadastramento do produtor e da propriedade rural, enviando ao SISBOV toda a documentação.
Augusto Camarero Rancan, da BioRastro, afirma que a carne de gado rastreado vale de R$ 2,00 a R$ 3,00 a mais, por arroba, do que a carne do gado comum. Serafim acrescenta que a tendência é que essa diferença cresça, assim que o mercado exterior for aberto.
As cidades paulistas de Fernandópolis e Ribeirão Preto e a mato-grossense Barra do Garças saíram na frente na questão do rastreamento, com projetos-piloto. Carlos Lima e Silmar Serafim devem participar, nesse final de semana, de uma mostra na fazenda-piloto instalada no município de Barra do Garças.
O sistema, segundo Lima, deve esquentar a economia do setor, que está ruim principalmente por causa da falta de união dos pecuaristas, considerou.
Para Serafim, é necessário que haja uma adequação dos pecuaristas às técnicas de manejo: Conseguindo atender às exigências do mercado externo, conseguiremos automaticamente melhor qualidade no produto final e mais lucro, assegura.
Carlos Lima concorda, e acrescenta: A hora é agora. Quem sair na frente, levará a vantagem de ter a preferência.
SERVIÇO
Tracer Rastreabilidade
Representante: Silmar Serafim
Fone 3442 2145
BioRastro
Representante: Augusto Camarero Rancan
Fone: 3442 1223