O crack não para de avançar por São Paulo. Dos 645 municípios do Estado, pelo menos 558, incluindo a capital, enfrentam problemas relacionados à droga, conforme mapeamento do Observatório do Crack, da CNM -Confederação Nacional de Municípios.
Em 193 cidades do interior, o nível desses problemas é muito alto, segundo o ranking, atualizado em tempo real com informações de prefeituras. Em outras 259, o alerta é médio; e, em 105, baixo.
Na região, Rio Preto, Estrela d´Oeste, Três Fronteiras, Santa Fé do Sul, Pontes Gestal, Riolândia, Monte Aprazível, Catanduva, Balsamo, Mirassol, Nova Granada, Jaci e mais 11 cidades aparecem com alerta vermelho para o crack. Fernandópolis aparece com sinal amarelo (veja mapa).
O avanço do crack afeta outras áreas dos municípios. As prefeituras informaram ainda que as principais áreas afetadas são saúde (67,1%), assistência social (57,5%) e segurança (49,1%).
Segundo CNM, o fato de a maioria dos municípios responder espontaneamente ao questionário indica a gravidade do problema. “São prefeituras que têm a coragem de se expor porque é algo que afeta muito a população. É um grito de socorro”, apontou relatório.
O Observatório trabalha agora em uma nova metodologia para estimar a população envolvida com o crack no Estado, já que não há dados precisos. A Secretaria Nacional de Política sobre Drogas estima o usuário regular em 0,5% da população - o equivalente a cerca de 164 mil pessoas no Estado, desconsiderando a capital.