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Repúblicas vazias. E cai o movimento dos bares e serv-festas



Repúblicas vazias. E cai o movimento dos bares e serv-festas
Chegou o momento que é tão temido quanto o período da Expô pelos comerciantes de bebidas e outros produtos para festas: as férias dos universitários.

Há trinta anos ou mais, quando não havia faculdades em Fernandópolis, o mês de julho fazia aumentar a população da cidade. Os estudantes chegavam de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos e outros centros para as férias de inverno, aumentando o movimento dos clubes e casas noturnas.

Na Fernandópolis do século XXI, que conta com milhares de estudantes de fora, o fenômeno se inverte. Os estudantes vão para suas casas, em diferentes pontos do país, deixando as “repúblicas” vazias e fazendo cair abruptamente o movimento no comércio.

A queda se aplica principalmente ao comércio de bebidas, carvão e carne para churrasco, uma espécie de tradição entre os estudantes da cidade. No movimentado Bar 7, o entra-e-sai de estudantes com engradados de cerveja é constante, especialmente nos finais de semana. Segundo Egydio Zulian, o “Gildo”, proprietário do bar, a venda de bebidas chega a cair 50 % nas férias.

“Não é só a venda de bebidas que cai”, reclama o comerciante. “Também a de salgadinhos diminui pela metade, porque muitos estudantes fazem lanches ou refeições ligeiras”.

Em frente ao BR Mania, posto de gasolina situado na Avenida Expedicionários, tradicional “point” dos jovens, a diminuição do movimento é flagrante. O mesmo acontece nos bares da Avenida dos Arnaldos e da Líbero de Almeida Silvares.

Se o comércio dos produtos mais consumidos pelos estudantes chega a cair pela metade, também o movimento das lojas diminui nas férias escolares. Geraldo Pedro Paschoalini, gerente da Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis (ACIF) calcula que a redução fique entre 10 e 20% - “mesmo com a chegada dos visitantes, que é outro público”, analisa.

Paschoalini diz que não ainda não foi realizada uma amostragem, uma pesquisa de mercado sobre o fenômeno, “mas a gente sente a queda do movimento”. Por enquanto, não resta outra alternativa senão esperar agosto chegar – e, com ele, os jovens universitários e suas festas animadíssimas.