O Núcleo Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes existe há 11 anos e está situado no Parque Paulistano. A casa abriga dois projetos, um do governo e o outro regido por voluntários.
O primeiro acontece durante a semana. As crianças que estudam no período da manhã freqüentam o núcleo à tarde. As que freqüentam a escola no período vespertino começam o dia na entidade. Para elas são oferecidos refeições, merendas, reforços escolares e brincadeiras.
A equipe de voluntários comanda as manhãs dos sábados. Com muito bom humor e amor no coração, eles têm os freqüentadores, que entre crianças e adultos chegam a mais de 300, como extensão da família. Chegam a comparar o centro com um rancho e dizem que no lugar do rio, têm a possibilidade de se divertir e estar reunidos com os amigos preferidos.
Lá os freqüentadores recebem a parte de oficinas, cortes de cabelo, aula de informática e a parte recreativa que conta com partidas de futebol, parquinho e mais uma variedade incrível de brincadeiras.
Na casa as gestantes recebem cursos com noções de parto, de como cuidar dos bebês e aulas de costura, onde fazem peças para o enxoval do próprio bebê. O aprendizado pode ser também o primeiro passo para uma nova profissão.
Depois de se esbaldarem no centro, chega a hora da sopa que é sempre preparada por voluntários. O mais incrível é que não existe uma escala para determinar quem ajudará no preparo da sopa, que nunca passou um sábado sem ser perpetrada. O motivo é que para os coordenadores o voluntariado precisa ser de coração aberto, sem pressão alguma. E isso deu certo. Nessa empreitada estão cerca de 40 voluntários.
Outro dado bastante interessante fica na geladeira da entidade. Ela está sempre vazia. Explicando melhor, ela sempre tem a quantidade certa, nem menos e nem mais. Lá não existe desperdício. Já no sábado, depois que a sopa é preparada, os voluntários fazem sacolinhas com o que sobrou e entregam para os freqüentadores levarem para suas casas.
Os voluntários também realizam visitas a pessoas acamadas, levando muitas vezes apoio espiritual e material, como fraldas, lençóis e comida.
O ideal desta casa é que ela um dia não seja mais necessária, dizem os coordenadores da instituição. Enquanto esse dia não chega, os colaboradores continuam firmes em seu trabalho voluntário, levando pão, luz e esperança às pessoas carentes de Fernandópolis.