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Sagres “atravessa” plano de Walter Faria de comprar a Cintra



Sagres “atravessa” plano de Walter Faria de comprar a Cintra
Há cerca de cinco meses, o empresário fernandopolense Walter Faria, dono da cervejaria Petrópolis, foi notícia em todos os cadernos e revistas de economia. O motivo: a tentativa da empresa mexicana Femsa, de comprar sua empresa.

Os administradores da Femsa viram nas marcas Crystal e Itaipava a possibilidade de subir do terceiro posto que ocupam no mercado cervejeiro (atualmente, com cerca de 8,7%, com as marcas Kaiser, Sol e Bavária) para o segundo, superando a Schincariol, que detém 11,4% do mercado.

As negociações teriam esbarrado no passivo fiscal da Petrópolis, segundo observadores. Por sua vez, Faria estava de olho na Cintra, do português José de Souza Cintra. Esse empresário possui também uma cervejaria em Portugal. Sua meta era chegar a 10% do mercado brasileiro, mas não conseguiu se expandir e fechou um pré-contrato com Walter Faria, para a venda da Cintra à Petrópolis.

Fontes do mercado dizem que o negócio giraria em torno de R$ 150 milhões. A Cintra detém pouco mais de 1% do mercado brasileiro.


SAGRES
Agora, surge no palco de negociações a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, empresa portuguesa dona da Sagres e distribuidora da Kronenbourg, sucesso no mercado da Europa. Especula-se que ela poderia bancar os R$ 250 milhões inicialmente pedidos por José de Souza Cintra.

A Petrópolis ajuizou ação (o processo está na 34ª Vara Cível da capital de São Paulo), para tentar fazer valer os termos do pré-contrato ou receber a multa prevista. Com faturamento em torno de R$ 800 milhões por ano, a cervejaria de Faria perde, por enquanto, a chance de ultrapassar em vendas a mexicana Femsa. A liderança absoluta é da Ambev (Brahma, Skol e Antarctica) com 68,7% do mercado.