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Santa Casa segue sem insumos e sem perspectivas



Santa Casa segue sem insumos e sem perspectivas

A crise na Santa Casa de Fernandópolis continua se acentuando. Rumores sobre o possível fechamento do hospital não devem se confirmar, mas o fato é que a situação é realmente crítica e não há perspectivas de melhoras. O Conselho Administrativo – que assumiu provisoriamente a instituição após a renúncia de Fernando Zanqui no último dia 26 – ainda busca alternativas para contornar a dívida de mais de R$ 52 milhões e o déficit mensal de R$ 700 mil. 

O maior problema na instituição continua sendo os insumos. A enxurrada de ataques que se sucedeu contra a Santa Casa atingiu em cheio sua maior fonte de receita: os atendimentos particulares. Com a maior parte da arrecadação via SUS – Sistema Único de Saúde – comprometida com o pagamento de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos e a baixa procura de pacientes no setor de convênios e particulares, falta recursos para aquisição de materiais básicos como luvas, medicamentos e materiais para curativos.

“Todo dia falta algo, está muito complicado. Compra uma coisa aqui, falta outra ali e não está entrando dinheiro. Tudo que aconteceu acabou reduzindo nossos atendimentos particulares e a conta é simples: os custos são altos e a receita é baixa. Infelizmente é essa a realidade atual”, disse Jesiel Macedo.

REPRESENTANTE

LEGAL

Jesiel, aliás, não é provedor interino, como CIDADÃO e toda imprensa anunciou na semana passada. A Santa Casa, na verdade, está sem representante legal. O hospital está sendo tocado, provisoriamente, pelo Conselho Administrativo que busca soluções via outras OSSs uma vez que uma intervenção judicial já foi praticamente descartada e ninguém estaria disposto a assumir essa responsabilidade sem respaldo jurídico.

“Na atual situação e diante de tudo o que está acontecendo com os ex-provedores, assinar cheques, fazer pagamentos entre outras medidas se tornou uma responsabilidade muito grande para se assumir sem o devido respaldo jurídico. Continuamos ajudando e buscando e melhor solução para o hospital”, completou Jesiel.

SALÁRIOS

Os salários dos colaboradores, por enquanto, segue garantido e foi adotado também como prioridade pela gestão temporária. Há incertezas, no entanto, em relação à segunda parcela do 13º salário.