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Santa Rosa morre em São Paulo, aos 55 anos



Santa Rosa morre em São Paulo, aos 55 anos
O empresário do ramo de transportes José Fernandes Santa Rosa faleceu neste domingo, às 17h33, no hospital Nipo-Brasileiro, na zona norte de São Paulo. O hospital, por determinação da família, não divulgou a causa mortis.

Natural de Fernandópolis, Santa Rosa nasceu na zona rural do município. Na juventude, foi funcionário de um posto de combustíveis na cidade. Posteriormente, mudou-se para São Paulo, e na cidade de Osasco iniciou a carreira de transportador.

Santa Rosa voltou a ter contato direto com Fernandópolis no início da década, quando o Fernandópolis Futebol Clube foi a Osasco para realizar uma partida do campeonato paulista da série B-1. Ele compareceu ao jogo e ofereceu ajuda financeira ao presidente do clube, Jesus Moreti. A partir daí, Santa Rosa começou a visitar a cidade freqüentemente.

A parceria com a equipe de futebol acabou tornando Santa Rosa muito popular na cidade. O empresário comparecia a jogos de futebol amador, quermesses e festas nos bairros, sempre alegre e comunicativo. Em 2004, ele foi candidato a prefeito, tendo como vice o advogado Ricardo Franco de Almeida, ex-vereador e atual assessor jurídico da Câmara Municipal. Com quase 11 mil votos, Santa Rosa foi o segundo colocado, atrás do vencedor, Rui Okuma, e à frente do ex-prefeito Armando Farinazzo (PSDB).

A candidatura do empresário a prefeito em 2008, pelo PSC, era vista como certa. Nem o próprio Santa Rosa negava essa perspectiva. A dúvida girava apenas em torno do nome do vice. No final de outubro, Santa Rosa deveria ter um encontro político com Armando Farinazzo, mas o encontro foi adiado justamente porque o empresário não estava bem de saúde.

No início do mês, os problemas hepáticos se agravaram e ele foi internado no Hospital Nipo-Brasileiro. No último dia 19, seu sobrinho, Laércio Santa Rosa, a convite da reportagem de CIDADÃO, esteve na redação do jornal e negou categoricamente os boatos que circulavam pela cidade e que davam o pré-candidato como moribundo, por força de uma cirrose hepática. Laércio garantiu à reportagem que seu tio tinha apenas hepatite A, e que as complicações se deviam à demora em buscar tratamento.

Neste domingo, 25, porém, o organismo do pré-candidato não resistiu. Santa Rosa, que também disputou sem sucesso as eleições à Câmara dos Deputados em 2006, morreu sem realizar seu sonho de governar Fernandópolis, onde era força político-eleitoral inegável, especialmente na periferia.

Até o fechamento desta edição, a família não havia definido o local do sepultamento. Segundo se apurou, Santa Rosa havia adquirido anos atrás um jazigo no Cemitério da Cantareira, na zona norte de São Paulo. O mais provável, segundo assessores políticos, era a realização do enterro nesse local. O cirurgião-dentista Álvaro Okabe, tido como o principal conselheiro político de Santa Rosa na cidade, não foi localizado para comentar a morte do pré-candidato.

Observadores da cena política acreditam que a morte de Santa Rosa fortalece politicamente a prefeita Ana Bim (PDT), já que sua força eleitoral reside exatamente na periferia, que também era reduto de Santa Rosa. O outro pré-candidato, Luiz Vilar (DEM), nunca foi forte nos bairros.