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“Se você fosse vereador...”



“Se você fosse vereador...”
Na última edição, CIDADÃO ouviu nove fernandopolenses que responderam à pergunta: “Se você fosse vereador, o que faria pela cidade?” Agora, o jornal entrevistou nove adolescentes, que também expressaram quais seriam seus planos, caso tivessem poderes legislativos.

Carlos Eduardo Mafra – 16 anos – EELAS
Fernandópolis têm locais ótimos, porém, pouco aproveitados e em estado de abandono, como o Tênis Clube que já foi uma opção de lazer, e agora está destruído e sujo. Providências precisam ser tomadas quanto a isso. O Beira Rio e o “Calçadão” são boas opções, já que temos alguns bairros por perto e o fluxo de pessoas é grande.
Um dos problemas que a cidade tem é a prostituição. As praças e esquinas viraram pontos de travestis e prostitutas. Há botecos que tentam camuflar essa ação e muitos menores de idade estão se envolvendo. Precisa com urgência de uma fiscalização mais detalhada e constante. A prostituição é um dos motivos que mais aumenta o número de portadores do vírus da Aids e de adolescentes grávidas. Por ser uma cidade pequena, esse problema não é impossível de ser amenizado.

Etiene Cristina Pereira da Silva – 15 anos – JAP
Há muitas ocorrências de acidentes envolvendo bicicletas. Se houvesse uma ciclovia na cidade, esse problema seria resolvido. A cidade não se preocupa com a construção de um centro recreativo onde o jovem possa se desenvolver na sociedade e muito menos na manutenção dos bairros periféricos.
A administração só visa aos seus próprios interesses e esquece do meio ambiente. Um projeto de reciclagem do lixo e das idéias seria um bom começo.

Vitor Evandro Rodrigues Seleguin – 13 anos – JAP
Com o passar dos anos, perdemos a história de Fernandópolis e precisamos resgatá-la. Uma feira cultural anual sobre a nossa cidade, com exposições de objetos, telas e fotografias que fizeram parte do desenvolvimento, seria ideal para manter nossa história viva.
Ouvimos muitas promessas que não foram cumpridas. Acredito que se não podem ou não querem cumprir, então não prometam. O que falta é competência administrativa.

Sérgio Eduardo Risk Martins Júnior – 17 anos – COC
A cidade está com um visual horrível. Os canteiros das avenidas principais estão descuidados, as árvores estão sendo arrancadas e mesmo com todas as informações sobre o aquecimento global, parece que a administração não está preocupada com esse fator. Um parque esportivo, com muita arborização e espaço para o lazer, contribui para compensar essa falha provocada no meio ambiente e também oferece opções para as pessoas se divertirem.
As indústrias não são fixadas na cidade por dois motivos: o Parque Industrial não tem estrutura para recebê-las e a prefeitura não resolve esse problema ou então, não facilita a implantação.
Outro fator importante para a cidade é a construção de um hospital-escola onde favoreça as duas faculdades e, conseqüentemente, o desenvolvimento da cidade e a saúde da população.
Falta garra administrativa, planejamento coerente e ouvir as reivindicações.

Bruno Moreti Testi – 17 anos – COC
Nós temos vontade de ver a cidade de forma positiva, mas deixamos, muitas vezes, de reivindicar melhorias. Precisamos incentivar as faculdades, investir na estética, levantar prioridades. Mas o que vemos é um grande descaso.
Temos duas faculdades onde há estudantes de todo o país e que têm tudo para levar a cidade a um nível excelente. Para que elas consigam crescer, a cidade precisa incentivá-las com programas de estágios nas indústrias e empresas, portanto, permitir a entrada e dar toda infraestrutura que elas precisam. Um fator leva o outro ao desenvolvimento e é assim que a cidade conseguirá progredir. Não há uma maneira de trabalhar isoladamente.
Há algumas pessoas de boa vontade na nossa administração, porém, não conseguem trabalhar devido à falta de interesse de outras que estão fazendo com que a cidade regrida.

Vinicius Godoy Izaias – 15 anos – FEF TEEN
O que falta é estrutura para a vinda de grandes indústrias e um plano de desenvolvimento sustentável. A cidade parou no tempo e não investe na tecnologia. Uma lei onde um percentual da renda municipal seja voltado para investimentos tecnológicos é apenas um passo para que a cidade saia do estágio de estagnação, obtendo assim, uma abrangência dos círculos de empregos.
A Ordem DeMolay da cidade realizou um projeto de construção de uma brinquedoteca na Santa Casa, com brinquedos e aparelhos televisores. O material foi entregue, mas continua encaixotado e a brinquedoteca ainda não funciona. A Santa Casa tem problemas financeiros e, mesmo com a ajuda da população, não consegue melhorias, talvez pela falta de autonomia.
Não poderia deixar de citar que são visíveis os esforços do Diretor de Cultura André Pessuto, que procura aproveitar o máximo possível a pequena verba que a cultura recebe e a criatividade para produzir.
Os próximos anos são decisivos e espírito de mudança é a chave para sairmos dessa situação.

Miguel Ribeiro Neto – 15 anos – FEF TEEN
Os investimentos da cidade não têm sido feitos de forma planejada, com fundamento convincente. Não vemos obras acertadas, aquelas no lugar e tempo certos.
Promessas como a Vila Olímpica e 100% de asfalto que nunca saíram do papel, provam que temos um legislativo ultrapassado e acomodado. Precisamos de um legislativo novo, com idéias novas e que tenha não apenas força de vontade, como também caráter empreendedor.
Quando se nota que um aspecto está se destacando, é importante que tenha uma dedicação maior a ele, como a cultura e a educação. São dois fatores de evidente sucesso se forem apoiados devidamente.
A comunicação entre Legislativo e Executivo é falha. E a comunicação deles com o povo, mais ainda. Por isso o povo deve ser conscientizado para as próximas eleições e para a cidade não perder mais tempo nesse marasmo.
Que a liderança do Juiz Evandro Pelarim, que chegou a Fernandópolis mostrando trabalho, planejamento e prestação de contas, sirva de exemplo para nossos administradores.

Pedro Augusto Izidoro Pereira – 15 anos – Anglo
Temos ótimos cursos na área da saúde em nossas faculdades, mas as bases tecnológicas oferecidas nos hospitais e postos de saúde estão ultrapassadas para os profissionais do futuro. Se investir nesse fator, teremos profissionais qualificados e atendimento de primeira.
Outro problema é o incentivo à cultura. Sempre são as mesmas pessoas nos eventos culturais na cidade, isso mostra que falta incentivo, educação cultural e preços acessíveis para atingir a todos.

Daniel Carvalho de Paula – 16 anos – Anglo
Os secretários têm força de vontade, porém perderam a autonomia e ficaram sem ação.
O que falta na cidade é um planejamento eficaz e objetivo.
Para que empresas sejam implantadas na cidade, compete à prefeitura ter força de vontade e olhar administrativo. A apatia política na cidade tem gerado não um estágio de estagnação, mas de regressão.
Novas indústrias fornecem empregos, estrutura a cidade, mas para que funcione devemos capacitar nossa população com cursos técnicos acessíveis a todos, jamais trazer profissionais de outras cidades para que a cidade não continue regredindo.