Polícia

Sem pistas, DIG diz que investigações sobre desaparecidos seguem abertas



Sem pistas, DIG diz que investigações sobre desaparecidos seguem abertas

A notícia do desaparecimento de dona Helena Camargo, 65 anos, que saiu de casa no dia 3 de maio e não foi mais vista reascendeu a angustia que acompanha outras três famílias de Fernandópolis que tem seus idosos desaparecidos e até hoje não conseguiram encontrar uma resposta ou colocar um ponto final na história.
O delegado da DIG – Delegacia de Investigações Gerais – de Fernandópolis, José Hamilton Cardoso, disse que a Polícia Civil abriu um PID - Procedimento de Investigação de Desaparecimento. Como se trata de idoso, é aberto também inquérito policial para apuração e investigação do ocorrido. É o que está ocorrendo com o caso da dona Helena, o último desaparecimento registrado na cidade.
Desde 2018, Fernandópolis convive com notícias de idosos desaparecidos e que seguem sem solução. “Até hoje não temos nenhuma pista desses idosos desaparecidos”, disse o delegado. 
“Os casos continuam abertos, apesar de já ter relatado os inquéritos e enviado para o Fórum. Caso tenhamos êxito em esclarecer esses desaparecimentos, a gente pede o desentranhamento do inquérito junto ao Fórum”, esclareceu José Hamilton.
Segundo ele, sempre que um familiar procura a DIG com alguma informação, a checagem é retomada para confirmar ou não a notícia levada por familiar. 
CASOS SEM SOLUÇÃO
A sequência de casos de idosos desaparecidos e sem esclarecimento só faz aumentar a angustia dos familiares. No dia 7 de novembro de 2018 o senhor Josias Marques da Silva, na época com 62 anos de idade, saiu de casa no Bairro da Estação e desapareceu. 
Poucos meses depois, no dia 25 de janeiro de 2019, Durvalino Perasol, então com 80 anos de idade saiu da casa no bairro Santa Filomena para consertar um relógio e desapareceu sem deixar pistas. 
O terceiro caso trata-se Waldemar Pinhel, na época do sumiço estava com 78 anos. Ele desapareceu no dia 23 de março de 2019. À DIG, a filha, Elizabete Pinhel informou no dia 24 de março que no dia anterior ao boletim foi visitar o pai, mas que chegou à casa dele por volta das 15h30, deparou-se com a porta da frente apenas encostada e não o localizou como de costume. Testemunha teria indicado que ele não voltava para casa havia três meses.
A filha de Josias Marques da Silva, a Josiane Flauzino, disse ao CIDADÃO em 2020, dois anos após seu desparecimento que não tinha mais esperança de que o pai estivesse vivo e que, com o caso sem solução, permanece a angustia de não saber o que realmente aconteceu. 
Versão bem parecida do filho de Durvalino Perasol, o Almir Perasol, para quem a angústia só cresce com o passar do tempo.