Taxas de sepultamento, concessão dos serviços funerários, conservação do velório, foram temas dominantes na última sessão da Câmara. Os vereadores cobraram posicionamento do Executivo.
Foram dois requerimentos apresentados na sessão. Um do vereador Daniel Arroio (PSD) cobrando a tabela de valores das taxas pelos serviços nos cemitérios. Outro, do vereador Ailton José dos Santos, o Cabo Santos (Solidariedade) requerendo informações sobre as concessões do serviço funerário na cidade.
Arroio revelou na tribuna que realizou uma pesquisa informal sobre taxas cobradas em cidades da região, Votuporanga e Jales, para comparar com as cobradas em Fernandópolis. O vereador descobriu diferenças de até 200%. O vereador defendeu redução das taxas.
O vereador revelou que para fazer um sepultamento em Fernandópolis é preciso recolher R$ 487, sendo R$ 296,17 para sepultamento e R$ 178,17 para exumação. Em Jales o valor fica em R$ 160,20. Não há cobrança de taxa de sepultamento, nem protocolo. Em Votuporanga, o valor é de R$ 265, sem taxa para protocolo e exumação. Se alguém quiser reformar o túmulo da família paga a taxa de embelezamento que fica em R$ 83,15 em Fernandópolis, R$ 25 em Votuporanga e zero em Jales. “Após a resposta do requerimento vamos fazer uma pesquisa detalhada com todas as taxas cobradas aqui e na região. Precisamos reavaliar isso”, disse o vereador.
O assunto repercutiu na tribuna. Vereadores consideraram os valores fora da realidade, principalmente em meio a pandemia que vitimou centenas de fernandopolenses. “É um absurdo a taxa de exumação”, comentou o presidente da Câmara Gustavo Pinato. O serviço citado se refere a juntar os restos mortais de uma pessoa e colocar em um saco para abrir espaço para novo sepultamento.
O assunto ganhou repercussão e os vereadores acabaram fazendo outras cobranças, como por exemplo, a conservação do velório. “Está uma vergonha”, reclamou Cidinho do Paraíso (PTB). João Pedro Siqueira (PSDB) destacou que a prefeitura precisa explicar quanto arrecada e quanto gasta com os serviços nos cemitérios. “A taxa tem que ser para cobrir o serviço prestado e não um ganho”.
“Falta empatia Pelo preço que é cobrado deveria ser um serviço de primeiro mundo”, disse o vereador Pastorzão Claudenilson (PSC). Também o vereador Jeferson Leandro de Paiva (DEM) e João Garcia Filho (PTB) apontaram que é preciso melhorar os serviços prestados à população. Reclamaram das condições do velório e cobram melhor conservação do espaço.
Também ganhou destaque o requerimento do vereador Cabo Santos. Quer saber sobre as concessões do serviço funerário na cidade. É a segunda sessão que o vereador levanta o tema. Na anterior, cobrou se a prefeitura fiscaliza as empresas funerárias da cidade e diz que há várias irregularidades. Segundo ele, “há algum tempo as empresas funerárias não estão cumprindo a lei 4.201”.
Taxas de sepultamento e conservação do velório têm cobranças de vereadores
