A umidade relativa do ar chegou perto dos 20% nesta semana após período de 40 dias sem chuva na região. O fernandopolense já enfrenta os problemas típicos do tempo seco desta época do ano o que contribui para aumento de queimadas e maior poluição da atmosfera.
De acordo com boletim diário do Ciiagro – Centro de Integração de Informações Agrometeorologicas – a umidade relativa do ar caiu a 21% no final de semana e durante a semana, oscilou na faixa abaixo dos 30%, período em que a temperatura variou entre a mínima de 15,4 graus durante a madrugada até 34 graus durante o dia. O inverno até agora se caracteriza pelo tempo seco e temperaturas elevadas. A temperatura mais baixa neste mês de julho foi registrada no dia 1º, quando a mínima chegou a 9 graus e a máxima a 22.
A umidade fica mais alta sempre que chove devido à evaporação que ocorre posteriormente. Desde março, as chuvas estão rareando na região. Fernandópolis registrou 64 milímetros de chuva em março, 34 em abril, 32 em maio e 13 em junho. Julho segue com índice zero.
Um dos efeitos da seca é o aumento de queimadas. A semana foi marcada por vários episódios de fogo em vegetação, como a registrada no final de semana na mata ciliar do loteamento São Carlos que atingiu árvores frutíferas. Os focos de queimadas foram registrados em vários pontos do município e da região.
Na quinta-feira, 23, foi registrado incêndio em um canavial próximo à rodovia Euclides da Cunha entre Jales e Estrela D’Oeste. A fumaça acabou provocando um acidente na pista. O incêndio foi controlado pelo Corpo de Bombeiros.
Com a queda da umidade, há complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas; sangramento pelo nariz; ressecamento da pele;
Irritação dos olhos; eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos; aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas. Quando a umidade relativa do Ar cai entre 20 e 30%, como ocorreu esta semana, significa estado de atenção. Nestes casos a recomendação é para evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas; umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins etc.; sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc.; e consumir água à vontade.
Entre 12 e 20%, já é estado de alerta. Além de observar as recomendações do estado de atenção, as pessoas devem suprimir exercícios e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas; evitar aglomerações em ambientes fechados; e usar soro fisiológico para olhos e narinas. Abaixo de 12%, já se considera clima de deserto e deve ser decretado estado de emergência.
Alérgicos e pessoas com doenças respiratórias precisam de atenção especial neste período, principalmente no controle das doenças em função da pandemia do coronavírus.