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Trabalhos da AVCC



Trabalhos da AVCC
A AVCC ainda mantém uma casa onde outras atividades são realizadas para manter todos os projetos em andamento. Todas as terças-feiras, cerca de 15 voluntários preparam doces para serem vendidos em vários pontos da cidade. Às quartas-feiras é a vez da equipe do pão, que é composta por 20 voluntários.
Inês Gusson, 56 anos, é voluntária da AVCC há 9 anos, uma das pioneiras do voluntariado; acorda todas as quartas-feiras ás 3h45 da manhã para o trabalho. Ela explica que os doces e pães são vendidos em várias empresas, no fórum, no comércio e para outras pessoas que telefonam agendando o dia da entrega. “Para mim é uma delícia trabalhar aqui. Às quartas-feiras não faço compromisso nenhum para apenas trabalhar na equipe do pão, pensando sempre no bem estar dos pacientes”, explica animadamente.
São produzidos cerca de 10 mil pães por semana, desmanchando aproximadamente 120 quilos de farinha.
Em outra sala estava Daiane Suelen de Oliveira, funcionária da associação, fazendo os preparativos para a festa junina que aconteceu ontem, na Casa de Portugal. ( A matéria foi realizada na quinta-feira, dia 18)
Enquanto isso, Cândida Nogueira, mais conhecida como Candinha, atendia as pessoas que procuravam a entidade com a mesma simpatia de sempre. Muito tímida e delicada, conta a história da AVCC, uma vez que é uma das idealizadoras do projeto que, em dez anos, cresceu e apareceu em Fernandópolis e Região.
Candinha luta contra um câncer chamado “mieloma múltiplo”, que ataca os ossos, desde 1994. “No ano de 98 fui transplantada e ganhei mais 10 anos de vida. Depois disso passei a me perguntar: ‘Como estão vivendo as pessoas com câncer?’ A partir dessa pergunta surgiu a AVCC, por meio de reuniões entre amigos com câncer ou não, que acreditaram na idéia. Ninguém funda nada sozinha. Um sonho se emenda em outro de outra pessoa e isso torna-se uma coisa muito bonita. Eu considero a AVCC uma grande comunidade”, conta entre lágrimas.
Quando foi perguntada sobre o que achava que falta na associação, não titubeou ao responder: “Falta o governo olhar. Se olhassem mais para as entidades, muitos problemas não existiriam mais. As entidades só sobrevivem por solidariedade das pessoas. Como a Ivete Neves diz: ‘A gente acredita na providência divina’; e é nesse Deus que eu acredito”.