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Tratamento do infarto do miocárdio: angioplastia coronária



Tratamento do infarto do miocárdio: angioplastia coronária

Na nossa última coluna comentamos sobre a isquemia miocárdica, cuja expressão maior é o infarto agudo miocárdio, condição na qual ocorre a oclusão de uma artéria coronária, ocasionando a interrupção do fluxo de sangue oxigenado para uma porção do miocárdio, nome dado ao músculo do coração. Esta obstrução quando persistente leva, em questão de minutos a horas, as alterações irreversíveis no coração, com morte das células musculares. O óbito pode sobrevir rapidamente, ou o indivíduo pode evoluir com sequelas cardíacas importantes que impactam na sua qualidade de vida.

Atualmente dispomos de tratamentos muito eficazes para o infarto agudo do miocárdio. A intervenção mais importante é a recanalização da artéria coronária, com restauração do fluxo sanguíneo para esta área de miocárdio sob risco. Esta pode ser conseguida através do uso de trombolíticos, substâncias que dissolvem o trombo responsável pela oclusão da artéria.

Os trombolíticos são disponíveis em uma boa parte dos hospitais brasileiros, devendo ser empregados rapidamente, pois quanto mais passa o tempo maior a porção da musculatura cardíaca sujeita a lesão irreversível.

Mas atualmente o melhor tratamento para desobstruir a artéria coronária é a angioplastia coronária, com taxas de sucesso ao redor de 90%. Esta intervenção é realizada durante o cateterismo cardíaco, quando um cateter é introduzido na artéria ocluída e por meio da insuflação de um balonete no local da obstrução, consegue-se restaurar o fluxo de sangue para o miocárdio, evitar a morte destas células e melhorar substancialmente o prognóstico do paciente. Adicionalmente é implantado no local da lesão um dispositivo em forma de rede, chamado “STENT” com intuito de diminuir a chance de reoclusão do vaso.