Em resposta a consulta formulada pelo vereador Alaor Pereira Marques (PFL) e pelo assessor jurídico da Câmara Municipal, Ricardo Franco de Almeida, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) garantiu que a Fundação Educacional de Fernandópolis é uma instituição de direito privado.
A consulta foi encaminhada em outubro de 2006, quando Alaor era o presidente do Legislativo, mas a resposta só chegou nesta terça-feira, 13. Alaor disse que quis saber se era pública ou privada porque, caso fosse pública, nós teríamos o direito e o dever de fiscalizar a FEF e zelar pelo patrimônio público.
Ricardo Franco disse que, ao nascer, a FEF era da prefeitura, que inclusive bancou a construção dos prédios do campus. A prefeitura pagou também a desapropriação da área. A entidade prestava contas até 2001, quando mudaram os estatutos, explicou o advogado.
Para o assessor, toda empresa particular tem um dono, e o dono da FEF é o Vilar, porque os curadores são subordinados a ele. Ricardo assevera que há irregularidades flagrantes, como o fato do vice-presidente, Anísio Barbuio, ser funcionário da FEF recebendo, portanto, vencimentos, o que é defeso ao presidente por força estatutária. E se o Vilar morrer? O vice não pode assumir, garante o advogado.
Vou perquirir o (presidente do TCE) Antonio Roque Citadini, porque essa decisão lesa o erário do município, assegura Ricardo Franco, que é um dos curadores da FEF, como representante da Câmara Municipal. E irei à Justiça Federal, se for preciso, finalizou.