O crime de execução de uma família, pai, mãe e filha de 15 anos, que abalou a região completará um ano no próximo dia 23 de dezembro. Nesta terça-feira, 10, a Justiça de Votuporanga, cidade onde o crime ocorreu, condenou três homens acusados da execução da família de Olímpia, a penas que somaram 267 anos de prisão.
Anderson Givago, 35 anos, a esposa Mirele Tofalete, 32 anos, e a filha do casal, Isabelly, de 15 anos, foram mortos a tiros durante uma emboscada.
O crime ocorreu em Votuporanga para onde Anderson viajava com a família para fazer uma entrega de 17 kg de cocaína, carga avaliada em R$ 255 mil. No dia do assassinato, Anderson foi o primeiro a ser executado com sete tiros. A esposa dele foi alvejada por 13 tiros. A adolescente foi atingida por quatro disparos e encontrada morta debaixo do banco do carro, onde tentou se esconder dos criminosos.
Os réus João Pedro Teruel e Rogério Schiavo foram condenados, cada um, a 87 anos e seis meses de prisão. Já Danilo Silva, em razão dos maus antecedentes e por ser reincidente, recebeu a sentença de 93 anos e quatro meses de prisão. Os três já estão presos preventivamente.
Na ocasião, Anderson viajava com a família até Votuporanga para fazer uma entrega de 17 kg de cocaína, carga avaliada em R$ 255 mil.
Na sentença, a juíza Gislaine Faleiros de Brito Vendramini, da 1ª Vara Criminal de Votuporanga, aponta que o cruzamento dos dados obtidos com afastamento do sigilo de dados armazenados no Google e dados celulares foi imprescindível para as investigações, vinculando João Pedro Teruel à cena do crime que, por sua vez, delatou envolvimento dos outros dois comparsas, os irmãos Rogério Schiavo e Danilo Roberto Barboza da Silva. “O exame pericial realizado no local dos fatos constatou que as vítimas foram alvejadas de surpresa. A autoria, por seu turno, é certa e induvidosa, pois comprovado que os réus atraíram a vítima ao local ermo (canavial) para subtrair a droga que transportava”, escreveu a magistrada. Os três acusados negaram envolvimento no crime.
Acompanhando a denúncia do Ministério Público, a juíza condenou os três réus por latrocínio (roubo seguido de morte) em concurso material, ou seja, quando uma pessoa pratica dois ou mais crimes por meio de mais de uma ação. A consequência é a aplicação cumulativa das penas dos crimes cometidos. Cabe recurso da sentença da Justiça de Votuporanga.