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Ubaldo Martins, novo presidente da Associação de Amigos, quer evitar êxodo urbano



Ubaldo Martins, novo presidente da Associação de Amigos, quer evitar êxodo urbano
Depois de muitos anos administrando agências bancárias, Ubaldo Martins se viu à frente de um novo desafio: assumir a direção do Colégio Anglo de Fernandópolis. Era 1996. Onze anos depois, ele já se sente um fernandopolense de longa data. Ele e a família, porque o clã também se mudou para a cidade. Natural de Tanabi, Ubaldo é casado com Carolina Pupin Martins e tem três filhas: as advogadas Ana Carolina Martins Mapelli e Luciana Martins do Amaral e a farmacêutica bioquímica Patrícia Helena Martins Costa. Nesta entrevista, ele fala de Educação e de seu mais recente desafio: a presidência da Associação de Amigos do Município de Fernandópolis, cargo que assumirá no próximo dia 25. Lá, entre outras bandeiras, Ubaldo quer defender a criação de mecanismos para evitar o êxodo urbano causado pela falta de empregos. Uma boa medida numa cidade cuja população surpreendentemente diminuiu nos últimos anos, segundo o IBGE.

CIDADÃO: Há quantos anos o sr. está na direção do Anglo? Qual era sua proposta para a escola, naquela época?
UBALDO: Em 1996, assumi a direção do Colégio Anglo de Fernandópolis. Na primeira reunião com o corpo docente e administrativo, deixei claro que tinha pela frente um grande desafio, pois vinha de uma função de gerente de banco, em Jales. O desafio consistia na assimilação das novas funções, uma vez que dirigir uma escola é diferente de dirigir uma agência bancária. Só que isso não me amedrontou, pois sempre me considerei um homem versátil e talhado para o trabalho. Sempre consegui vencer obstáculos e alcançar objetivos. Solicitei então a todos os presentes à reunião que tivessem um perfeito entrosamento, com o propósito de fazer a escola crescer e fazer jus à forte marca que representa a bandeira “Anglo”. Tinha convicção de que o corpo docente e o pessoal administrativo esperavam muito de mim. Assim, procurei desenvolver uma administração dinâmica de remodelação, com novas construções, obviamente aumentando o tamanho do prédio, oferecendo maior espaço e conforto aos alunos, em salas arejadas, além da construção das novas dependências do ensino médio, com salas totalmente climatizadas – enfim, uma escola capaz de proporcionar ao corpo discente melhor aprendizado, conforto, higiene, disciplina e segurança. Tenho sempre em mente que a escola é a extensão do lar de cada aluno. Hoje, sem qualquer sombra de dúvida, o Colégio Anglo é o mais qualificado de Fernandópolis.

CIDADÃO: O sr. acredita que as escolas particulares têm conseguido manter um bom nível de ensino? Por que?
UBALDO: As escolas do Sistema Anglo de Ensino mantêm um excelente nível de ensino, não só pelo material didático eficiente, mas também pela equipe especializada para assessorar as escolas em todos os setores. A proposta pedagógica está embasada em reflexões teóricas e vivências, capacitação de professores em experiências bem-sucedidas, atualização da equipe, cursos de oficinas sobre temas da atualidade e assuntos relativos a cada segmento de ensino, motivação no trabalho, perseverança, atendimento individualizado e envolvimento e compromisso de toda a equipe no processo ensino-aprendizagem.

CIDADÃO: Através de seus alunos, o Anglo tem obtido ótimos resultados nos vestibulares para os cursos mais procurados. Qual é o segredo desse sucesso?
UBALDO: Isso só é possível, com o trabalho intenso e entusiasmado do professor, aulas significativas e bem assistidas, concentração e estudo em casa. O Anglo sempre teve como meta o ensino de qualidade e, por isso, sempre inovou na preparação para os maiores vestibulares do país. A verdade é que o Colégio Anglo tem como filosofia “aula dada, aula estudada, hoje!” O aluno tem que realizar toda tarefa mínima e complementar. A prova desse sucesso, como você mesmo falou, é que o Anglo continua na dianteira de aprovações nas melhores universidades do país.

CIDADÃO: Muitos empresários do ensino reclamam da existência de “canibalização” do mercado nos últimos tempos – alguns empresários estariam praticando preços de mensalidades abaixo da planilha de custos, para cooptar alunos. Isso acontece mesmo?
UBALDO: Realmente acontece, e isso não é bom para nenhuma escola. O ideal seria competir não pelo menor preço, mas sim, pela qualidade de ensino.

CIDADÃO: Recentemente, o sr. foi eleito para assumir a presidência da Associação dos Amigos do Municípios de Fernandópolis e assumirá o cargo no próximo dia 25. Como o sr. vê essa entidade e o que se propõe a fazer na sua presidência?
UBALDO: Toda entidade que se constitui com finalidade nobre e propostas sadias de ajudar a comunidade em que atua, como é o caso da Associação de Amigos do Município de Fernandópolis, sempre merece respeito e é bem vista por todos. Nossa atuação à frente da Associação, além de cumprir os objetivos a que ela se propõe no seu estatuto, será voltada para a procura de novos caminhos junto aos poderes constituídos e demais entidades da cidade, no sentido de combater o êxodo urbano, por falta de opções de empregos; sugerir a criação de mecanismos capazes de estimular a abertura de novos estabelecimentos comerciais e industriais e re-estimular o homem do campo na retomada de uma diversificação agrícola capaz de fixar e trazer novos trabalhadores para a zona rural.

CIDADÃO: Na sua opinião, quais são atualmente as virtudes e os defeitos de Fernandópolis?
UBALDO: As virtudes são imensas, pois Fernandópolis tem uma população na sua extrema maioria constituída por gente nobre, laboriosa e acolhedora. Os defeitos são os comuns a todas as demais cidades.

CIDADÃO: O sr. é uma pessoa politizada, tendo sido, inclusive, vereador em Jales. Como vê o atual quadro político regional, no que diz respeito a Fernandópolis? Falta-nos representação política?
UBALDO: Representação política não falta, o que é preciso é que haja uma atuação mais presente dos políticos perante as coisas públicas de Fernandópolis. Observe-se esse episódio da possível instalação de um Centro de Detenção Provisória na cidade, que nos causou tristeza e nos alarmou. Isso não teria acontecido, se houvesse uma atuação preventiva dos nossos políticos, como houve em cidades que contornam Fernandópolis.