Saúde

UPA já realizou 285 mil atendimentos, enfrentou polêmicas, apagão e até ameaça de fechamento



UPA já realizou 285 mil atendimentos, enfrentou polêmicas, apagão e até ameaça de fechamento

A UPA – Unidade de Pronto Atendimento 24 horas Dra. Marize Reis Stefanini – de Fernandópolis está completando cinco anos. Colocada em funcionamento em caráter experimental no dia 19 de setembro de 2016, a unidade enfrentou polêmicas e até ameaça de fechamento. Neste ano, precisou se transformar em hospital de emergência com leitos de enfermaria e UTI para atender pacientes com Covid-19, em meio ao agravamento da pandemia. Antes mesmo de ser inaugurada era taxada como “presente de grego do governo federal”. 
Em 1.826 dias a UPA realizou 285 mil atendimentos, média de 157 casos/dia. Neste período não foram poucas as polêmicas. A unidade que custou R$ 3 milhões foi inaugurada sem serviço de raio-X que obrigava a prefeitura manter um veículo para levar pacientes até a Santa Casa e retornar à UPA para completar o atendimento. 
Em setembro de 2017, o prefeito André Pessuto durante pronunciamento na Câmara chegou a falar no interesse em fechar a UPA.
 “Não gosto de ficar remoendo o passado, mas isso já era uma tragédia anunciada. A UPA foi aberta de última hora, em um processo extremamente eleitoreiro, e agora nós estamos pagando essa conta. A UPA de Fernandópolis gasta em torno de R$ 500 mil mensais, não tem o atendimento que deveria ter, por falta de equipamentos e muitas outras coisas que se deveria ter dentro de uma UPA antes de ter aberto”, disse Pessuto na época. A ameaça nunca se confirmou. 
“No início da nossa administração pegamos uma UPA sem nenhuma estrutura de atendimento, chegamos a cogitar a possibilidade do fechamento da unidade e essa nossa atitude chegou ao conhecimento do Ministério da Saúde. Conseguimos ser ouvidos e conquistamos alguns aparelhos, camas e, principalmente, a qualificação da UPA, com isso o serviço conquistou mais recursos para o atendimento prestado no município, passando a receber o repasse do Governo Federal”, disse o prefeito em release distribuído pela Secretaria de Comunicação nesta semana. O serviço de Raio X começou a operar na UPA em abril de 2019. 
A unidade também enfrentou um apagão em fevereiro de 2019, quando um raio atingiu o transformador e a UPA ficou sem energia por mais de 12 horas. O gerador de energia não entrou em operação por conta de uma pane elétrica. O acidente obrigou transferência de pacientes para a Santa Casa e para a UBS do Por do Sol que precisou ser aberta em caráter de emergência para manter o atendimento da população. 
PANDEMIA
A pandemia da Covid-19 também foi uma prova de fogo para a UPA. Desde o início, a unidade compartilhava atendimentos com outros casos clínicos, quando em março os casos de covid explodiram e a UPA precisou se transformar em hospital de emergência com leitos de enfermaria e UTI para socorrer pacientes. Uma usina de oxigênio chegou a ser instalada em caráter de emergência diante da escassez do produto. A unidade chegou a ficar exclusiva para atendimento de casos de covid e só recentemente voltou atender os demais casos clínicos que foram transferidos para uma escola ao lado e depois para a UBS do Por do Sol.
“Desde o início da pandemia também preparamos a UPA para atender todos os casos de síndromes gripais com segurança e bom atendimento. Saímos na frente e implantamos umas das primeiras usinas de oxigênio própria do Brasil”, enfatizou Pessuto.
A unidade conta com salas de atendimento, locais próprios para imobilização, consulta, inalação, aplicação de medicamentos, eletrocardiograma, sutura e curativo, urgências, esterilização, lavagem e descontaminação, observação e farmácia. 
“Trabalhamos aqui com muito amor e nosso objetivo é a cada dia desempenhar o serviço ainda melhor. Graças ao apoio da administração e do prefeito André a UPA tem garantido melhorias a cada dia podendo atender a todos com estrutura e qualidade”, comentou Antonilce Pansani que é coordenadora da Unidade.