Saúde

‘URINA PRETA’: Ministério da Agricultura alerta para consumo de peixe sem o selo de inspeção



‘URINA PRETA’: Ministério da Agricultura alerta para consumo de peixe sem o selo de inspeção

O MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – divulgou uma nota de alerta sobre uma possível relação entre os casos de doença de Half, conhecida como ‘urina preta’, observados este ano no Brasil, e o consumo de peixes, mariscos e crustáceos sem o selo dos órgãos de inspeção oficiais.

A nota do Mapa informa que os primeiros sinais e sintomas podem se manifestar nas 24 horas após o consumo de peixe cozido, lagostim e outros frutos do mar contaminados. “A enfermidade é considerada emergente e, por ter origem desconhecida, enquadra-se como evento de saúde pública – ESP -, sendo considerada de notificação compulsória”, diz a nota.

Os sintomas da doença de Haff são: rigidez muscular frequentemente associada ao aparecimento de urina escura, que resulta de insuficiência renal. Ela desenvolve uma síndrome que destrói as fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro das fibras no sangue.

A dificuldade para a identificação do material contaminado está no fato de que a toxina causadora não tem gosto nem cheiro específicos, o que torna mais complexa a sua percepção. Nos relatos registrados ao longo dos anos, pessoas acometidas da doença ingeriram diferentes tipos de peixe, como salmão, pacu-manteiga, pirapitinga, tambaqui, e de diversas famílias como Cambaridae e Parastacidae.

Ainda segundo o ministério, os primeiros casos de doença de Half registrados no Brasil foram em 2008, com origem em espécies de água doce como o Pacu (Mylossoma spp), tambaqui (Colossoma macropomum) e pirapitinga (Piaractus brachypomus), bem como em peixes de água salgada, como a arabaiana/olho-de-boi (Seriola spp.) e badejo (Mycteroperca spp).

“Por ter sido registrada em diversos biomas (rios, lagos, mares etc.) e espécies, não é possível, até o momento, determinar, com base nos casos analisados, os ambientes e animais envolvidos”, informa a nota, que também alerta para o consumo desses alimentos somente com selo de inspeção dos órgãos oficiais.