Apesar da pandemia de coronavírus, o calendário de vacinação contra a febre aftosa foi mantido pelo governo. Nesta sexta-feira, 1º de maio, começa a primeira etapa da campanha, que prevê imunização de todos os bovinos e bubalinos até o dia 31 de maio. Na região de Rio Preto, a previsão é de que sejam vacinados pouco mais 440 mil animais. No estado de São Paulo, serão mais de 10,7 milhões de cabeças.
De acordo com Rafael Massa, assistente de planejamento do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Rio Preto, a novidade é que - em virtude da pandemia do coronavírus, o prazo para a declaração da vacinação foi prorrogado, excepcionalmente, até o dia 1º de julho. "Dessa forma, o produtor terá todo o mês de maio e junho para declarar a vacinação dos animais", afirmou.
Na etapa da campanha de vacinação de novembro do ano passado, quando somente bovídeos menores de 24 meses eram vacinados, a região de Rio Preto obteve índice de vacinação de 99,91%, o que representa 181.467 animais, pouco mais que a média do Estado, que havia sido de 99,86%, ou seja, 4.413.424 de cabeças.
A vacinação é obrigatória. A autuação pelo descumprimento da legislação é de 5 Ufesps (R$ 138,05) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (R$ 82,83) por cabeça por deixar de comunicar. O valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (Ufesp) para 2020 é de R$ 27,61. A declaração de vacinação deve ser realizada, preferencialmente, por meio eletrônico, no sistema Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave). Se o produtor precisar de ajudar ou tenha de fazer a declaração em papel, ele deve entrar em contato com o escritório de defesa agropecuária que atende o município onde fica a propriedade. Para saber, basta acessar o site https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/.
CUIDADOS
A vacina, que nunca pode ser congelada, deve ser mantida entre 2 e 8 graus Celsius, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com dois terços de seu volume em gelo para que a vacina não perca sua eficácia
Para realizar a vacinação deve ser escolhido o horário mais fresco do dia, classificando os animais por idade e sexo, para evitar acidentes.
Usar seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro)
O local da aplicação é no terço médio do pescoço (tábua do pescoço) por via subcutânea (abaixo do couro)
Independentemente da idade, a dose é de 2 ml de vacina
As agulhas devem ser substituídas com frequência (a cada 10 animais), para evitar infecções e os frascos devem ser mantidos resfriados durante a operação. (Diário da Região)