Não é raro encontrar em Fernandópolis, marcas deixadas pela ação nefasta de vândalos que insistem em destruir ou pichar patrimônio público ou particular. Na virada do ano, nem os cemitérios escaparam da ação. Túmulos foram destruídos.
No dia 30 de dezembro, José Alves Cirqueira relatou que ao chegar no Cemitério da Consolação encontrou vários túmulos danificados. Um deles era o do próprio sogro e cunhado que estão enterrados no local.
Moradores continuam denunciando que o local vem sendo usado com frequência por usuários de drogas no período da noite. No caso de José Alves, ele não informou o valor do prejuízo causado pelos vândalos, mas se mostrou completamente indignado com o ocorrido e disse que iria procurar a prefeitura para discutir com a pasta competente o que poderia ser feito para evitar que a prática de vandalismo continue no local.
Situação bem parecida ocorre na Academia de Saúde do Bairro Wilfredo Nazareth que nem bem foi entregue à população e já foi alvo de vandalismo, com arrombamento de portas. Os moradores reclamam que algumas reivindicações e sugestões não foram ouvidas ou levadas adiante pelas autoridades e queixam, inclusive, que a obra agora está cercada pelo mato.
A “Academia a Céu Aberto” do Beira Rio é um caso à parte. Desde a construção, que já foi envolta em polêmicas com sucessão de problemas e paralisações. A obra iniciada ainda na gestão do prefeito Vilar, só foi concluída pela ex-prefeita Ana Bim, depois de troca constante de empreiteiras. Após sucessivas etapas e investimentos, a obra custou cerca de R$ 800 mil, mas nunca cumpriu efetivamente os objetivos do alto investimento para ser uma área de lazer de uso da população. O local sempre teve, e tem, cara de abandono a começar pelo portal de entrada, totalmente pichado. No interior, aparelhos parcialmente destruídos e estrutura danificada, a falta de manutenção reforça o cenário que pouco atrai a população.
Já no bairro Jardim Araguaia, a academia está sendo tomada pelo lixo. Pequena e pouco frequentada, alguns moradores escolheram o local para o despejo irregular de lixo domiciliar.
OUTRO LADO
Por meio de nota, a Prefeitura de Fernandópolis diz que vem realizando várias ações desde 2017 para tentar combater ao máximo os atos de vandalismo em prédios públicos e cita, como um dos exemplos, o caso das UBS que sempre sofriam com este tipo de ação.
“Hoje, estão totalmente monitoradas por câmeras, inclusive um recente furto foi solucionado rapidamente pela Polícia, graças às imagens do monitoramento dessas câmeras. Algumas UBS também passaram por obras na qual ganharam cercas e alambrados”, diz a nota.
Ainda segundo a nota, com relação aos cemitérios, os mesmos receberam nova iluminação, os muros que estavam totalmente danificados, em especial no Cemitério da Consolação, foram totalmente reformados, o que tem ajudado a evitar as invasões que eram comuns, principalmente no horário noturno, mas que, ainda ocorrem alguns furtos no local, mesmo que em menor intensidade.
Com relação aos novos campinhos de futebol dos bairros, que também sofreram ações de vandalismo, estão resguardados pelos próprios moradores através de parceria com a Prefeitura. Projetos esportivos ocupam esses espaços, garantindo segurança ao local, exemplo no Araguaia e Vila Venetto.
“Outra ação que desenvolvemos é junto à Secretaria Municipal de Assistência Social. Recentemente tivemos a situação de veículos que trabalham no desassoreamento da represa Beira-Rio que foram apedrejados. Identificamos os autores desse ato, e com apoio da Polícia Militar e a intervenção da secretaria de Assistência Social, a situação foi solucionada. Trabalhamos de forma intensa no combate ao vandalismo, porém, é necessário que exista a integração com a população, para que todos os moradores sejam também fiscais e denunciem quando fatos como esse ocorrem”, conclui a nota da prefeitura.
