A primeira sessão da Câmara de Vereadores de Fernandópolis durou cerca de duas horas nesta terça-feira, 5, e foi marcada pelo voto de repúdio contra a Elektro, concessionária de energia que atende a cidade, mais críticas à empresa que opera a Área Azul em Fernandópolis e cobranças a secretários do prefeito André Pessuto.
A Moção de Repúdio contra a Elektro foi proposta pelo presidente da Câmara Gustavo Pinato, com apoio de todos os vereadores. Na tribuna, o vereador/presidente criticou o péssimo atendimento dispensado à população, aos cortes frequentes de energia elétrica. A lista de queixas foi agravada nos últimos dias com a demora da empresa em ligar a energia elétrica no conjunto habitacional “Fernandópolis I”, deixando moradores no escuro por vários dias e pela falta de energia no sistema da Sabesp que comprometeu o abastecimento de água em 60% da cidade por mais de dois dias. Há queixas ainda sobre o atendimento do escritório da empresa na cidade que fecha no horário de almoço e obriga a população a longa espera. Segundo Gustavo Pinato, cópia da Moção de Repúdio será encaminhada a Aneel – Agencia Nacional de Energia Elétrica. Os vereadores que passaram pela tribuna cobraram respeito com a população, principalmente a mais humilde.
A empresa que opera a Área Azul voltou a ser alvo de duras críticas dos vereadores. O vereador João Paulo Cantarella, em parceria com o vereador Pastorzão Claudenilson, cobram do Executivo explicações detalhadas sobre a operação da empresa na cidade e a falta de pagamentos neste ano. “Fizeram apenas duas transferências”, explicou o vereador na tribuna. Ele quer saber como a prefeitura controla o valor repassado que representa um percentual da arrecadação. O vereador se queixou também das respostas a requerimentos, nem sempre com informações esclarecedoras. “É preciso zelo e consideração”, cobrou. Gustavo Pinato chegou anunciar que denunciaria a empresa ao Ministério Público por não cumprimento de contrato e reforçou críticas a secretários do prefeito. Para o presidente, é preciso reciprocidade no companheirismo que a Câmara tem demonstrado com o Executivo. O secretário de trânsito Ederson Silva foi nominalmente citado por vereadores e cobrado em relação a sua atuação. Na sessão, foram várias as indicações e requerimentos apresentados sobre questões ligadas ao trânsito da cidade. O vereador Jeferson Leandro de Paiva, por exemplo, cobrou informações sobre a segunda alça de acesso da Avenida Marginal Luiz Brambatti para a Rodovia Euclides da Cunha entre as avenidas Expedicionários Brasileiros e Getúlio Vargas. “Não pode ficar como está”, frisou.
PROJETOS
Na sessão, os vereadores votaram sete projetos na sessão, quatro deles por dispensa de formalidades. Um deles, do vereador Daniel Arroio, alterando legislação sobre compensação de créditos trabalhistas dos servidores municipais com débitos tributários de qualquer natureza desses mesmos servidores com o município. Os vereadores adiaram a votação do projeto do vereador João Garcia Gomes que modificava projeto aprovado em abril sobre obrigatoriedade aos novos loteamentos de terem fiação subterrânea. Nesse projeto o vereador incluía um prazo de oito anos para o projeto entrar em vigor para não inviabilizar projetos já aprovados na prefeitura e que não previam essa exigência. Houve pedido de vista, porque vereadores querem avaliar melhor a questão sobre não penalizar loteamentos populares que ficariam inviáveis. A matéria deve voltar na próxima sessão.