Veterinário norte-americano aprova instalações do IFC em Fernandópolis

Frigorífico da cidade passa a ser um dos 22 credenciados no Brasil para exportar para os EUA

O médico veterinário norte-americano Don Carlson, representante da USDA – United States Department of Agriculture -, aprovou sem restrições, no último dia 31, as instalações e procedimentos utilizados pela IFC – International Food Company – nas dependências do antigo Frigorífico Mozaquatro.

Essa aprovação habilita a empresa a exportar carne industrializada – “jerked beef” e produtos afins – para os Estados Unidos da América, considerado o país que faz maiores exigências sanitárias para a importação de produtos em todo o mundo.

Na última quarta-feira, 5, o médico-veterinário e fiscal federal agropecuário, Paulo Roberto dos Santos Segundo, concedeu entrevista coletiva para a imprensa da região e explicou que esse resultado é de “grande interesse para Fernandópolis, por seu reflexo social”.

Paulo Segundo argumentou que a decisão garante os cerca de 650 empregos que a empresa oferece na cidade e até abre perspectiva para mais contratações de trabalhadores. “Isso vai trazer tranqüilidade para os trabalhadores do frigorífico”, disse.

O médico-veterinário explicou que, uma vez “desabilitado”, um frigorífico fica pelo menos dois anos impedido de exportar para a América do Norte. O contrato do IFC com o grupo controlador do Mozaquatro é de cinco anos, prorrogável por mais cinco e com opção de compra no final.


BUTIQUE
O responsável pelo SIF em Fernandópolis revelou que a IFC já aplicou cerca de R$ 1 milhão em adaptações e obras, como a construção do refeitório. Segundo garantiu que Don Carlson elogiou o nível dos serviços. “Esta empresa (a IFC) e o SIF de Fernandópolis estão hoje no mesmo nível dos seus similares dos EUA”, afirmou Paulo Segundo.

O frigorífico de Fernandópolis está abatendo, em média, 700 ou 800 cabeças por dia. A carne in natura é levada para Itupeva e lá é industrializada. Em outubro, a IFC pretende inaugurar sua “butique da carne”, com produtos de primeira qualidade, “a preços acessíveis ao consumidor”, conforme falou o médico-veterinário Paulo Segundo.