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Vítima de câncer, empresário Alfeu Mozaquatro é sepultado em Rio Preto



Vítima de câncer, empresário Alfeu Mozaquatro é sepultado em Rio Preto

O empresário Alfeu Mozaquatro foi sepultado na tarde desta segunda-feira, 15, no Cemitério da Paz em Rio Preto. O empresário lutava contra um câncer de próstata e não resistiu à doença.

Mozaquatro, que adquiriu na década de 90, o antigo Frigorifico Vale do Rio Grande em Fernandópolis que virou Frigorifico Mozaquatro. Ele foi apontado como o cabeça de um mega esquema de fraudes na Receita Federal que sonegou R$ 1,6 bilhão em impostos no comércio de carne e derivados na região. Ele era réu em dezenas de ações penais e de execução fiscal e já havia sido condenado pela Justiça Federal. Outros cinco investigados também foram condenados pela Justiça Estadual

As fraudes vieram à tona em 2006, pela Operação Grandes Lagos, da Polícia Federal. Na Justiça estadual, as sentenças são resultado de um inquérito policial. O empresário ainda foi condenado a pagar uma multa de cinco salários mínimos. Em 2018, Mozaquatro foi condenado a sete anos e nove meses de prisão por um esquema de fraudes e sonegação do ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - por meio de empresas laranjas.

Para a juíza da 5ª Vara Criminal de Rio Preto, Glaúcia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira, ficou caracterizado crime contra a ordem tributária. Segundo a magistrada, Mozaquatro era o chefe de esquema que, entre outubro de 2003 a setembro de 2006, causou um prejuízo aos cofres públicos em torno de R$ 2,6 milhões.

Segundo as investigações da PF, Mozaquatro era o "cabeça" do esquema e dava a palavra final nos negócios das empresas. Os filhos de Mozaquatro, Marcelo e Patrícia, foram condenados a seis anos de prisão e oito meses, em regime fechado, além do pagamento de multa de cinco salários. Eles são acusados pela Justiça como gerente e administradores de uma das empresas que operavam no esquema, a Coferfrigo ATC Ltda.

Em 2014, Mozaquatro entrou na Justiça para exigir do Estado e do Município o fornecimento do medicamento Lupron Depot que custava à época R$ 1,6 mil. O medicamento atua como inibidor na produção de testosterona, uma das causas das alterações na próstata. O juiz Marcelo Moraes Sabbag negou o pedido. (Com informações do Diário da Região)