O volume de chuva registrado nos primeiros oito meses desse ano em Fernandópolis é 75% menor comparado à média registrada nos últimos cinco anos. O quadro contribui para agravar a estiagem que atinge a região e provoca uma onda de queimadas com números recordes até o mês passado.
Levantamento foi realizado por CIDADÃO com base nos números disponibilizados pela estação meteorológica automática do Ciiagro – Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas – em Fernandópolis.
A chuva acumulada de janeiro a agosto registra o menor volume desde 2015. Conforme registro da estação do Ciiagro o total chega a 483,3 milímetros. Os dados acrescentam ainda que neste período foram registrados 49 dias com chuva. A chuva mais forte, de 64,5 milímetros foi em janeiro e causou alagamentos em Fernandópolis.
Janeiro e fevereiro foram os meses mais chuvosos, com 195,8 e 137 mm, respectivamente, índices abaixo da média histórica para os meses. A partir de março, houve redução drástica da chuva com índices de 64 mm em março, 34,8 em abril, 32,1 em maio, 13,2 em junho e 6,5 em agosto.
Nos anos de 2019, 2018, 2017, 2016 e 2015, os volumes acumulados de chuva no mesmo período foram mais elevados (veja quadro). A média é de 846,5 milímetros, ou seja, 75% maior do que volume registrado neste ano.
O período de baixa precipitação pluviométrica coincide também com altas temperaturas o que contribui para redução do volume de retenção de água no solo, além da baixa umidade relativa do ar, que nesta semana girou entre 11 e 15%.
Com menos chuva este ano, a região de Fernandópolis enfrenta uma onda de queimadas que vem desde janeiro e até agosto, o número de registro pelo Corpo de Bombeiros já era superior a todos os casos registrados durante o ano inteiro em 2019.
Volume de chuva este ano é 75% menor em cinco anos
