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Esse é o número de consultas médicas que a Unimed disponibilizou aos seus usuários nestes 38 anos de existência. São 78 mil consultas por ano ou 6,5 mil por mês. Esse é legado de uma história que começou em 26 de setembro de1983 por iniciativa dos médicos Theodósio Semeghini e Paulo Sano. 
O médico Sandro Rogério Serafim está à frente da Cooperativa Médica há cinco anos, comemora os novos tempos da Unimed e se orgulha em dizer que ela movimenta R$ 4 milhões mensais na economia da cidade e região. “Hoje nós temos 105 médicos cooperados em Fernandópolis e Santa Fé. Temos em Fernandópolis 7 mil usuários, mas atendemos em parceria outros planos de saúde o que gera um público em torno de 20 mil pessoas”, festeja o presidente. Nesta entrevista ao CIDADÃO, o médico enfatiza que a missão de colocar a Unimed nos eixos foi cumprida. “Hoje a Unimed está completamente recuperada, sólida e bem estruturada. Esse tem sido um período de lutas, de aprendizado, mas sempre com orgulho em dizer que somos uma empresa de Fernandópolis”, diz.  Leia a entrevista:


A Unimed está comemorando 38 anos e o senhor está na presidência há cinco anos. Qual o balanço?
Muito positivo. Cumpri um primeiro mandato de três anos e agora estou no segundo mandato. Nesse meio tempo fizemos uma reformulação estatutária para evitar justamente que alguém fique se perpetuando no poder. O próximo mandato será por outro cooperado que também vai lutar pela cooperativa e pela cidade. 
Esse período de reestruturação exigiu muito trabalho, mas foi vitorioso, não...Nesse período, no pior momento da crise, não deixamos  nossos cooperados e usuários sem assistência e sem o serviço que ele contratou com a gente. Foi um trabalho de formiguinha, sem inventar, apenas fazendo o certo. O usuário sempre foi o nosso foco, porque ele depositou a confiança nesse trabalho e pelos nossos cooperados que puderam acreditar em projeto que começamos a fazer para sair da fase ruim. Graças a Deus a coisa fluiu bem. As dívidas que nós tínhamos quando iniciamos a administração, foram praticamente zeradas. Tem alguma coisa numa ação judicial que tem mais de dez anos que gostaríamos que já tivesse sido julgada. Do ponto de vista jurídico, quando o Dr. Paulo Esteves que foi o primeiro a assumir a bronca, tínhamos mais de 100 processos, hoje tem cerca de 20 e todos bem resolvidos.

A meta de colocar a Unimed nos eixos está sendo cumprida?
Sim. A diretoria toda tem apoiado, temos um grupo muito coeso de trabalho e de colaboradores para tocar esse projeto que mexe com a vida de muita gente, não só do ponto de vista de saúde, mas da cidade. Nós movimentamos vários parceiros e trabalhamos com cifras hoje em torno de R$ 4 milhões mensais. É dinheiro que gira em Fernandópolis e na região, porque a nossa Unimed é regional, atende Fernandópolis, Santa Fé do Sul e cidades vizinhas. Hoje a Unimed está completamente recuperada, bem estruturada, para que não seja qualquer evento que venha causar problemas na cooperativa. Conseguimos a solidez e temos honrado nossos compromissos. 

"Hoje a Unimed está completamente recuperada, sólida e bem estruturada"

No meio dessa gestão tivemos o advento da pandemia da Covid-19. Como a Unimed interagiu com os usuários e cooperados nesse período?
Foi um desafio e um alerta para todos nós. De imediato, com o empenho do Dr. Márcio Gaggini, grande parceiro nosso, fomos em busca de estratégia de ação, já que não tínhamos atendimento próprio. Fizemos uma parceria com a Santa Casa para esse atendimento, visando não apenas os usuários da Unimed. O cooperativismo não vê apenas o seu lado como empresa, mas também a sociedade onde está inserido. Foi um período muito difícil. Lutamos para que não faltasse vaga para nossos usuários que tiveram problemas com a Covid. Encaminhamos pacientes para serem internados em Araraquara, Ribeirão Preto, Rio Preto, Piracicaba, Sorocaba, onde tivesse vaga. O foco era não deixar nosso usuário desassistido. A gente sabe que falhas acontecem, mas fizemos tudo que podíamos para garantir o atendimento.

Como está a relação com a Santa Casa?
Já foi mais complicada. Hoje podemos dizer que vivemos um período muito bom, porque a gente sabe que a Santa Casa está num perfil de mudanças que vai trazer benefícios para a cidade. Podemos dizer que a Santa Casa é nossa parceira, com o Marcus Chaer, que é o administrador judicial, temos um diálogo muito bom. Sempre deixamos claro que a nossa intenção é que a Santa Casa cresça. Não queremos que nosso paciente vá para outra cidade, porque queremos que o dinheiro fique em Fernandópolis e gere investimento para a Santa Casa. Temos uma negociação muito aberta, sem imposições, o que nos permite uma convivência muito boa. 

"O usuário sempre foi o nosso foco, porque ele depositou a confiança nesse trabalho"

Quando o senhor olha para a história da Unimed, quando há 38 anos um grupo de médicos se uniu para fundar a cooperativa, qual a sentimento?
De orgulho. A Unimed tem no Brasil 50 anos de história. A primeira Unimed é da cidade de Santos. Aqui em Fernandópolis, nós tivemos o Dr. Theodósio Semeghini junto com o Dr. Paulo Sano, os dois já falecidos, mas que foram os grandes mentores para fundação da nossa Unimed. Através deles outros médicos se agregaram e foram parceiros dessa história de 38 anos. Naquele momento, os médicos se cotizaram para comprar uma mesa e um telefone que na época era um bem muito caro. Foi ai que começou tudo e quando a gente olha para essa história, vê que é um sucesso, onde somos parceiros de várias iniciativas em prol da comunidade. Tive curiosidade de olhar o que aconteceu no mesmo ano de fundação da Unimed em Fernandópolis, 1983. Foi o ano que tomou posse o prefeito Newton Camargo e ano da criação da faculdade de Enfermagem de Fernandópolis. Quando olhamos para esse passado, temos que agradecer o Dr. Theodósio, Dr. Paulo Sano. É uma alegria muito grande saber que estamos honrando aquilo que eles idealizaram. 

O senhor falou da amplitude regional da Unimed. Quanto isso representa em termos de cooperados e usuários do Plano?
Hoje nós temos 105 médicos cooperados em Fernandópolis e Santa Fé em todas as especialidades praticamente. Temos em Fernandópolis 7 mil usuários, mas atendemos em parceria outros planos de saúde o que gera um público em torno de 20 mil pessoas. Temos, atendendo com a gente diretamente, 28 psicólogos, nove fonoaudiólogos, cinco terapeutas ocupacionais, sete nutricionistas, 13 clinicas de fisioterapia, 15 laboratórios e sete hospitais. Isso representa uma grande rede de benefícios, com geração de emprego e renda na região.

Quais são os tipos de planos que a Unimed oferece para atender as diferentes camadas da sociedade?
É uma tendência dos planos de saúde procurar englobar o máximo possível de usuários. Por isso a gente busca diversificar os produtos. Não inventamos a roda, mas buscamos seguir as tendências. Hoje nós temos planos que são contemplados só na nossa região. Então a pessoa disporá de toda a rede de atendimento na nossa regional que engloba Fernandópolis e Santa Fé do Sul. Tem plano também para quem busca um atendimento mais amplo, que inclui desde Santa Fé do Sul até São José do Rio Preto. Criamos o plano de coparticipação, que é uma tendência mundial, onde o cliente paga como se fosse uma franquia do serviço que vai usar, barateando o plano com valor a partir de R$ 137,48.

"É uma alegria muito grande saber que estamos honrando aquilo que fundadores idealizaram"

Como funciona o intercâmbio do sistema Unimed com o atendimento de urgência?
O sistema Unimed hoje está presente em 84% do território nacional. Não tem outro plano com essa capilaridade tão grande. Estamos divididos em 349 cooperativas com um total de mais de 117 mil médicos e 18 milhões de beneficiários. Quando você contrata um plano Unimed, aqui ou em outra cidade, você conta com essa rede nacional. Digamos que durante uma viagem a pessoa tenha um problema de saúde, um acidente, ela poderá procurar qualquer hospital credenciado pela Unimed e vai ter o atendimento de emergência sem burocracia. No ponto de vista eletivo, você contrata o plano em Fernandópolis e, caso precise de um atendimento médico que a Unimed não tem aqui, um neuropediatra, por exemplo, ela vai oferecer o atendimento eletivo de outras Unimeds. Temos boas parcerias com Votuporanga, Rio Preto, Ribeirão, para essa intercambialidade. Assim como enviamos pacientes para outras cidades, nós também recebemos pacientes de outras localidades que acabam também utilizando a estrutura econômica da cidade.

A Unimed tem também uma atuação social junto à comunidade?
Estamos inseridos em uma comunidade que tem suas necessidades e as parcerias são essenciais. Estamos amadurecendo um projeto junto a Apae que vai trazer um benefício grande para todos nós. Será uma satisfação muito grande a Unimed estar ligada a uma entidade séria como a Apae de Fernandópolis. Participamos de campanha de doação de alimentos para a Santa Casa, para o nosso asilo, pastoral da criança do Jardim Paraiso e diversas entidades.  Do ponto de vista do esporte e saúde, temos a alegria do prefeito André Pessuto e o secretário Humberto nos escolherem como parceiros para a Corrida Histórica desde que começou o projeto, também com a Associação de Judô. Desenvolvemos ações com nossos usuários e investimentos no treinamento de nossos colaboradores. O nosso interesse é estar inserido no contexto da nossa sociedade, fazendo a nossa parte como Plano de Saúde e contribuindo para o bem-estar de todos.

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