Direto da Redação

A conta mágica que define eleição de vereador



A eleição para vereador utiliza sistema proporcional. Depende do quociente eleitoral, que é calculado a partir da soma do total de votos válidos (em candidatos e legendas) dividido pela quantidade de vagas disponíveis. É uma conta mágica e que mexe com os cerca de 170 candidatos a vereador.

Lembrando: Em Fernandópolis nas eleições de 2016 foram computados 34.811 votos válidos para vereador. Dividido pelo número de 13 cadeiras, o quociente eleitoral foi de 2.677 votos. Esse foi total de votos que cada coligação ou partido teria de fazer para eleger um vereador naquela disputa.

Neste ano, não há coligações para a Câmara. A partir da soma de todos os votos obtidos pelos candidatos e partidos, a Justiça Eleitoral define a quantidade de cadeiras que cada sigla terá direito, a partir de um outro quociente, o partidário. Depois de verificação sobre quantos partidos atingiram o quociente é feita distribuição de vagas pela "média" e "sobra".

São feitas repetidas operações para a composição final das cadeiras. O sistema proporcional pode passar por distorções quando aparecem os "puxadores de voto", que acabam, sozinhos, aumentando a quantidade de votos do partido e "puxando" candidatos com votações muito menores. Isso ocorre em toda a eleição. Maurilio Saves, com 704 votos ficou de fora, com votação maior do que seis dos 13 vereadores eleitos.

Em 2016, o único vereador eleito que não se beneficiou do quociente eleitoral foi Cidinho do Paraíso. Ele foi eleito com 2.881 votos, ou seja, 204 votos acima do quociente eleitoral.

Para a eleição deste ano vale a regra que prevê que apenas candidatos que receberam votação igual ou superior a 10% do quociente eleitoral poderão ocupar cadeira na Câmara. Os cálculos são feitos por sistema da Justiça Eleitoral que confirma oficialmente o resultado da eleição. Segundo o TSE, "vagas não preenchidas com a aplicação do quociente serão distribuídas entre todos os partidos que participam do pleito, independentemente de terem ou não atingido o quociente eleitoral, mediante observância do cálculo de médias”.

Bate Pronto

PÓS ELEIÇÃO -  Os vereadores de Fernandópolis voltam ao Palácio 22 de Maio Prefeito Edison Rolim na terça-feira, para a terceira sessão do mês de novembro. A sessão acontecerá sob o impacto dos resultados das eleições deste domingo. Dos 13 atuais vereadores, 12 estão na disputa pela reeleição. Quantos vão estar na posse no dia 1º de janeiro? Essa é uma pergunta que anda tirando o sono dos vereadores/candidatos.

O ÚLTIMO PLEITO – Nas eleições municipais de 2016, lembre-se, de 10 candidatos que disputaram a reeleição, cinco (Baroni, Gilberto Vian, Neide Garcia, Salvador e Ademir de Almeida) voltaram para o mandato seguinte, ou seja, a renovação foi de 50%. É bom lembrar que na última eleição, Pessuto e Gustavo Pinato, então vereadores, se elegeram prefeito e vice e Valdir Pinheiro não disputou a reeleição.

RETA FINAL – Com a campanha chegando a reta final, os candidatos a prefeito ganharam mais recursos. O candidato a reeleição André Pessuto (DEM) viu a coluna de receita atingir esta semana R$ 374,2 mil. A campanha foi abastecida com R$ 200 mil do PP e R$ 50 mil do DEM, além de doações de pessoas físicas. O candidato Renato Colombano (Republicanos) elevou sua receita para R$ 132,9 mil, sendo R$ 50 mil do Republicanos. O candidato Henri Dias (PTB) havia conseguido até quinta-feira levantar R$ 40 mil, dos quais R$ 20 mil do seu partido.

FOTO DA SEMANA

FOTO DA SEMANA

A segunda-feira, 9, escureceu mais cedo em Fernandópolis com a chegada de uma frente fria que trouxe chuva. Por volta das 17 horas, os carros circulavam com lanternas acesas e parte da iluminação pública se acendeu. Em Fernandópolis, a chuva foi mansa, de 16,5 mm, mas na região houve estragos em Votuporanga e Tanabi. O calor voltou com força à região, com a temperatura máxima variando entre 34 e 38 graus.

Positivo

A Volfer - Associação Voluntária de Fernandópolis - doou esta semana 193 kits de higiene pessoal, contendo creme dental, escova, pente, sabonete e uma toalha de mão para os pacientes SUS – Sistema Único de Saúde. Apesar da pandemia do coronavírus, a associação continua desenvolvendo seu trabalho em prol da Santa Casa, agora sob a presidência de Vanderlice Moreira da Silva. O anúncio sobre da doação foi feito pela Santa Casa de Fernandópolis, por meio de um post em sua página numa rede social. O hospital agradeceu aos doadores pelo gesto.

Negativo

Médicos e especialistas discutem o lançamento de nova campanha para insistir que o uso das máscaras e o distanciamento social, mesmo em encontros pequenos e reservados, segue sendo fundamental. A campanha vem no momento que que a contaminação está aumentando entre indivíduos das classes A e B, que conseguiram se isolar no início da epidemia, que agora estão saindo, e de forma muito relaxada. Os principais hospitais particulares de São Paulo estão registrando números de internação equivalente ao do pico da pandemia na capital. Fica o alerta...

Claudemir Cabreira

Jornalista.