Hoje, 18, é comemorado o dia da gastronomia sustentável. Mas, Giovanna, o que é isso? Trata-se da preocupação com práticas que vão além dos nutrientes que compõem aquele alimento. Está relacionada à mudança nos impactos causados pelo consumo alimentar, como o desperdício de comida, o consumo consciente de produtos em risco de extinção, coleta seletiva e o reaproveitamento de alimentos.
Vai muito além de só reaproveitar os alimentos. Confesso que, no meu dia-a-dia faço de tudo para aproveitar ao máximo, mas sei que ainda tenho muito o que aprender. Muitas vezes não sabemos extrair do alimento tudo o que ele pode nos oferecer e acabamos jogando no lixo uma boa parte. É estimado que cerca de 1,3 bilhões de toneladas de alimentos são jogados fora a cada ano. Enquanto isso, milhares de pessoas passam fome em todo o mundo. Segundo pesquisas, se continuar nessa ‘toada’, em 2030 o mundo irá precisar produzir 50% a mais de alimentos para abastecer o planeta. Tudo isso por conta do DESPERDÍCIO!
Desde que me entendo por gente, meus pais sempre me ensinaram que não se pode jogar comida fora. Cresci com isso. E hoje, dificilmente vai algo para a lixeira. O segredo? Fazer a medida que você irá comer. Ah, mas mesmo assim sobrou. Faço sempre uma marmitinha e coloco no congelador. Isso me salva sempre na correria quando não dá tempo de preparar o almoço ou estou com preguiça de fazer o jantar. Geralmente aos domingos, quando costumo caprichar mais no almoço, sempre rende umas duas marmitas para a semana. Se você deixar na ‘tapuer’ dentro da geladeira certamente irá esquecer e vai estragar.
Outra coisa que aprendi com o tempo. Aproveitar melhor os alimentos. Aprendi que para fazer um bom caldo de legumes para preparar um risoto não preciso usar uma cenoura inteira novinha. Posso usar as pontas das cenouras que usei para fazer a sopa, ou até mesmo o talo dela que tirei quando fiz o salpicão. Sabe os talos durinhos da salsinha? Eles podem dar um sabor mega especial na carne de panela, na sopa e até naquele temperinho caseiro batido com alho e cebola. Talos da salsinha, ponta da cenoura, tomate e da cebola. Tudo é alimento lá em casa. Vou guardando e um saquinho no freezer e quando preciso está lá! É aquela máxima de sempre, quem guarda tem!
E as cascas dos alimentos? Você tem o costume de aproveitar? Confesso que ainda tenho muito o que aprender nesse quesito. Mas vou dar uma dica que aprendi e fica maravilhosa!!! Sabe a casca da batata? Depois de cascar seque elas com um pano e depois frite em uma panela de óleo. Juro, fica melhor que a batata palito! Sequinha, ela parece um ‘chips’. Outro alimento que não deixo de aproveitar a casca é o abacaxi. Uso para fazer suco ou chá. Basta congelar e usar quando quiser.
Praticar a gastronomia sustentável faz bem para o planeta, a saúde e, principalmente, para o bolso. Comece a praticar que você irá sentir a diferença. Sem contar a praticidade. Falando nisso, sabe aquele risoto de ontem, que sobrou? Vou deixar uma dica das boas do que fazer com ele.
Arancini ou bolinho do risoto de ontem
Ingredientes
1 xícara (chá) de risoto pronto, gelado
25 g de muçarela de búfala em pedaços (8 cubinhos)
1 ovo
1 xícara (chá) de farinha de trigo
½ xícara (chá) de farinha panco
2 xícaras (chá) de óleo para fritar
Modo de preparo
Misture bem o risoto frio e corte a mozzarella em cubos.
Separe três recipientes. Em um, quebre o ovo e bata com um garfo para misturar. No outro, coloque a farinha panco e, no último, o trigo.
Modele os bolinhos e coloque um cubo da mozzarella no meio.
Para empanar, passe o bolinho pelo trigo, depois pelo ovo batido e deixe escorrer o excesso. Em seguida, passe pela farinha panco, cobrindo toda a superfície.
Frite em óleo quente e sirva com um molho de pimenta.
