ANDRÉ...
Pessuto (DEM) e Fausto Pinato (PP), são protagonistas de episódios que alternam avanços e recuos no comportamento de ambos, ditado pela mixórdia da política fernandopolense. Logo após a eleição de 2012, quando se deu o acordo para eleição dos próximos biênios da mesa da Câmara, tendo como cenário a chácara de Luiz Vilar (29-12-12), os dois estiveram juntos.
CHICO...
Arouca (PRB), embora o mais votado e cotado para presidir o legislativo com apoio da maioria dos vereadores do grupo da prefeita Ana Bim deu crédito ao comentário muito bem plantado, de que sua eleição estava ameaçada por uma traição. Para garantir-se, aceitou apoiar para sucedê-lo em 2014, um oposicionista: Pessuto.
UM...
documento foi assinado para garantir a eleição dos dois biênios, constando outras aberrações que comentaremos em futuras colunas. Lembrando que Vilar, não obstante um perdedor daquela eleição, impôs o território para fazer a reunião, “clausulou” que suas contas fossem aprovadas, que não haveria críticas ao seu governo e garantiu a presidência da Câmara (2º biênio) a um de seus vereadores. Signatários e testemunhas aplaudiram.
O ACORDO...
foi cumprido à risca por 2 anos. Basta verificar nas atas das sessões a ausência total de críticas à ex-administração. Por ironia, Arouca esqueceu Vilar e passou a ser crítico contumaz do governo Ana Bim. Até aqui, Pinato e Pessuto estavam “na boa”.
FALTAVA...
cumprir a outra metade do nebuloso acordo. Para surpresa geral, eis que Fausto Pinato resolveu não honrar o compromisso de eleger Pessuto, impondo aos vereadores o nome de Gustavo Pinato, seu irmão. O deputado jogou pesado. Queria que o jornal CIDADÃO publicasse a nota : “ O ex-prefeito Luiz Vilar e os vereadores Chico Arouca e André Pessuto podem responder processo por improbidade administrativa e corrupção ativa e passiva, por conta de um acordo que teria sido entabulado em data de 29 de dezembro de 2012, na chácara do ex-prefeito Vilar”.(Exposto parcialmente no 3º parágrafo da coluna).
O OBJETIVO...
da nota (que o jornal não publicou, evidentemente) era intimidar os vereadores que já tinham firmado compromisso com Pessuto.
Embora pressionado por Pinato, Arouca não cedeu e discursou dizendo que honraria a palavra, votando em Pessuto. As paredes do Palácio 22 de maio são testemunhas do barraco de F. Pinato, que ameaçou Arouca, que, dedo em riste, soltou berros que atravessaram a avenida e ganharam as dependências do Forum. Não adiantou, Pessuto foi eleito presidente.
PINATO...
que fez tudo para Pessuto não ganhar a presidência da Câmara, arma-se agora para tentar fazê-lo prefeito de Fernandópolis, apoiado por uma coligação que reuniria, ao que se anuncia, 15 partidos. As redes sociais já postam críticas, e resgatam dos arquivos a mensagem de áudio em que o deputado liga Pessuto ao rumoroso caso do programa “Escola da Família”, fato que atraiu a atenção da Polícia Federal e custou a cabeça do presidente da Fundação, Paulo Sérgio do Nascimento.
JÁ...
que iniciamos a temporada de surpresas, a mais nova vem nas asas (ou bico) dos tucanos. O PSDB, que gastou saliva e tempo pregando o desejo de lançar candidatura própria a prefeito de Fernandópolis, cedeu. Vai de “figurante”, nos braços de Pinato e Gimenes, “para somar forças com outros partidos pelo bem de nossa querida Fernandópolis”.
RESTA...
saber como o diretório tucano vai justificar mudança tão radical. De 4 pré-candidatos a prefeito (Maisa, Ortunho, Flávia e Cabral) o partido optou por uma coligação que nem a vaga de vice lhe dará. E a insatisfação cresce. O ex vice-prefeito Paulo Birolli, contrariado com os rumos do PSDB local, saiu do ostracismo e anunciou que deseja ser candidato a prefeito. A Birolli somam-se outros indignados.
A COOPTAÇÃO...
política é tão marcante, que se ouve de tudo. Critérios partidários foram abandonados e pratica-se o “vale tudo”. Vai de convite cordial de adesão, com promessa de cargos na futura administração, a expediente nada republicano. Presidente de partido que sempre foi muito solícito com a coluna, na democrática troca de informações, agora está no muro como canário na muda de penas. Sequer retorna ligações. É a política de Fernandópolis.