Caderno Viva

BASTIDORES



RECAPEAMENTO...

asfáltico urbano virou artigo de primeira necessidade para a maioria dos prefeitos. Chuvas fortes e constantes –como nunca se viu – e a precariedade do material de pavimentação, respondem pela buraqueira que toma conta de ruas e avenidas. Em Fernandópolis, na quarta-feira, choveu a “cântaros” - um dos substantivos preferidos do saudoso narrador esportivo, Fiori Giglioti.

OS PREFEITOS...

trabalham com a operação tapa-buraco num primeiro momento, visando contornar os problemas, para, em seguida, aplicar recursos próprios e/ou buscar empréstimo para fazer, então, obras de recapeamento, o serviço mais indicado, embora muito mais caro.

DAR...

um jeito na malha viária virou compromisso de campanha eleitoral para grande parte dos candidatos a prefeito em várias cidades da nossa região. Quem ganhou, viu-se na obrigação de cumprir o prometido logo nos primeiros dias de governo.

DOIS...

exemplos ilustram o binômio prefeitura-asfalto. Em Jales, o prefeito Flávio Prandi Franco está usando verbas de alguns deputados, oriundas de emendas antigas, para recuperar os primeiros quarteirões. Fla aguarda a liberação de R$ 4 milhões para entrar de sola no recapeamento nos setores mais críticos. A aprovação do prefeito jalesense alcançou alturas surpreendentes.

EDINHO...

Araujo que está no início de seu terceiro mandato de prefeito em Rio Preto, vive tão feliz que até contratou espaço na TV para fazer publicidade institucional e mostrar o início do recapeamento de 70 km nos trechos mais deteriorados. O descaso foi tão acentuado na gestão de Waldomiro Lopes, que levou o Ministério Público a abrir inquérito para apurar o caso.  

EM...

Fernandópolis a situação beira ao caos, e o prefeito André Pessuto, ao tempo em que reclama de pouco recursos financeiros e de muita chuva torrencial, ”que leva à tarde o que a prefeitura fez de manhã”, critica a administração anterior, “que passou 4 anos sem tapar um buraco sequer”, como lembrou o democrata durante balanço dos primeiros cem dias de seu governo. Pessuto deposita grande esperança no SOS de R$ 7 milhões, que, segundo dizem, virá de Brasília.

A VERDADE...

é que os prefeitos de hoje convivem com uma herança maldita, acumulada ao longo dos anos por conta da péssima qualidade do asfalto das empreiteiras contratadas. Há muitos casos em que prefeitos foram coniventes: não fiscalizaram o serviço executado, receberam propinas, e ficaram com a metade da verba, negociando asfalto casca de ovo, ludibriando, assim, o pobre munícipe que arcou com o pagamento de um asfalto caro e vendido com rótulo de qualidade.

COMO...

a deterioração acontece com mais frequência em bairros novos – basta compará-los com o asfaltamento de ruas do centro -, fala-se que um vereador vai apresentar projeto, cuja lei determinará que futuros loteadores fiquem responsáveis pela manutenção do asfalto pelo prazo de 5 anos. Um avanço, sem dúvida.

 

Equipe A.C.G